Os tempos de PSDB do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB) parecem mesmo ter ficado para trás. O ex-tucano não só elogiou o trabalho feito nos acampamentos e assentamentos do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) com ainda criticou a Câmara dos Deputados por querer investigar invasões de terra promovidas pela entidade, por meio uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
"O governo do presidente Lula, todos nós, defendemos a reforma agrária. Ela é importante", declarou Alckmin ontem (13), durante visita a 4ª Feira Nacional da Reforma Agrária, que acontece até este domingo (14), em São Paulo. "As pessoas têm a oportunidade de vir aqui, comprar produtos saudáveis e melhorar a renda de quem trabalha", elogiou Alckmin.
De acordo com informações da Agência Brasil, diferentemente do ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, que subiu ao palco principal do evento e discursou ao lado de outros representantes do governo federal e de lideranças de movimentos sociais, o vice-presidente apenas circulou entre os stands, conferindo os produtos expostos e atendendo aos pedidos para tirar fotos com simpatizantes.
"Eu sempre venho às feiras [do MST]. A primeira vez foi em 2013, quando eu era governador. Havia uma resistência quanto a eles [sem terra] usarem o Parque da Água Branca. Nós autorizamos e eu vim", disse Alckmin, que quando governador de São Paulo chegou a dizer que apoiaria a reforma agrária no estado, mas não a invasão de propriedades públicas ou privadas.
Ele acrescentou que a feira é importante para mostrar o "trabalho que pouca gente conhece". "Um trabalho sério".