O tenente-coronel Mauro Cid deve se apresentar nesta segunda-feira (11) em Brasília. Ele foi solto no último fim de semana e o retorno está previsto no acordo de delação premiada assinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), já homologado pela Justiça do Distrito Federal. Ainda não há um horário definido para apresentação na Vara de Execuções Penais, onde dele deverá estar toda segunda para explicar sua rotina.
Ainda nesta semana, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) retorna à Polícia Federal para prestar novos depoimentos em diferentes frentes de investigação. “É o compromisso dele com a delação homologada”, disse ao blog da jornalista Andréia Sadi, o advogado Cezar Bittencourt, que defende Cid no inquérito das joias sauditas.
Segundo Bittencourt, o militar tem "muito o que falar" e vai contar tudo que viveu com o ex-presidente e os fatos do governo Bolsonaro. “Não se trata de incriminar A ou B, ele vai contar todos os fatos que viveu com [Jair] Bolsonaro que lhe perguntarem. Quem vai decidir se é crime são as autoridades”, disse o advogado.
Vale ressaltar que ao contrário das oitivas na sede da Polícia Federal e congresso, Mauro Cid não terá direito a ficar em silêncio. Acordos de delação pressupõem que o investigado contará aos investigadores tudo o que sabe sobre práticas ilícitas em troca de benefícios.