Medalhista de prata na canoagem de velocidade C1 1000m, Isaquias Queiroz fez história ao subir no pódio dos Jogos Olímpicos pela quinta vez em sua carreira. Baiano de Ubaitaba, o atleta arrancou de maneira incrível nos últimos 250 metros da prova final e quase chegou na primeira colocação.
Apesar de não ter repetido o ouro de Tóquio 2020, Isaquias explicou sobre como foi complicado o ciclo olímpico até chegar novamente entre os melhores da sua modalidade. "É uma sensação de alívio, muita felicidade. Não foi um ano fácil para mim. Essa medalha, para mim, é como se eu tivesse sido campeão olímpico. É um peso que tiro das minhas costas. Muita gente não acreditou em mim, pelos meus resultados nesse ano. Eu estava bem atrás. Lembrei que o Sebastian [filho] pediu o ouro. O ouro não deu, mas fico feliz de subir no pódio e entregar essa medalha para ele, que faz aniversário em agosto, e para toda a minha família", disse o canoísta à TV Globo.
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Feliz com mais um grande resultado, ele citou a emoção de representar seu país e estado. "Chegar aqui e ser prata, ser porta-bandeira do Brasil, representar minha Bahia, meu Brasil, obrigado por todo mundo que acreditou em mim. Eu saí de uma modalidade pequena, e hoje o Brasil inteiro sabe do tamanho da canoagem", completou Isaquias.
Como o próprio já havia mencionado, o ciclo de Isaquias rumo a Paris foi conturbado. Em 2023, deixou a concentração da Confederação Brasileira de Canoagem, em Lagoa Santa (MG), para morar em Ilhéus (BA) e cuidar da saúde mental.
"Ter ficado um ano em Ilhéus foi bem importante até para chegar neste momento atual e dizer que vou dar o meu máximo em Paris e já penso em Los Angeles. Tinha certeza de que pararia após Paris, mas, agora, após ter descarregado toda a energia pesada, porque estava pesada, estou tranquilo e vou até 2028. Entrei na seleção com 15 anos, estou com 30. É uma vida inteira e uma hora bate um desânimo. E foi isso que rolou, estava desanimado", disse em entrevista ao Jornal O Globo.