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aposta baiana - 20/07/2024, 06:45 - Clara Oliveira

A Bahia em Paris: Guilherme Caribé é esperança de medalha na natação

O atleta de Salvador vai disputar sua primeira Olimpíada da carreira

Caribé irá embarcar para sua primeira Olimpíada
Caribé irá embarcar para sua primeira Olimpíada |  Foto: Mauro Pimental/AFP

Baiano de Salvador, 21 anos, e com as malas prontas, rumo a Paris, para disputar a primeira Olimpíada da carreira. O nadador Guilherme Caribé, considerado por muitos como o novo Cielo, conquistou, no dia 9 de maio deste ano, o passaporte para a os Jogos Olímpicos da capital francesa ao vencer os 100 m livre durante a Seletiva Olímpica.

Faltando 7 dias para o início da Olimpíada, Guilherme rebobinou o tempo para relembrar a emoção vivida por ele no momento em que conquistou a classificação. Para o atleta, a sensação da ocasião foi “algo inexplicável".

“É uma sensação de um sonho realizado e de que todos os sacrifícios feitos valeram a pena. Todo atleta sonha em participar de uma edição de Jogos Olímpicos e poucos concretizam esse sonho. É algo inexplicável. Não sei explicar direito o que senti quando confirmei minha vaga, só queria comemorar muito com minha família”, declarou, ao Portal Massa!, o nadador.

Em bate-papo exclusivo, Guilherme Caribé relatou a preparação para Paris e as expectativas.

O nadador conquistou o passaporte olímpico no dia 9 de maio deste ano
O nadador conquistou o passaporte olímpico no dia 9 de maio deste ano | Foto: Satiro Sodre/SSPress/CBDA

Em uma constante exemplar de treinos para chegar ‘forte’ à competição, Caribé, que estuda gerenciamento do esporte e faz a preparação para a Olimpíada de Paris na Universidade do Tennessee, desde 2023, analisou sua preparação mental e física como algo contínuo.

“É um trabalho diário e seguimos um passo de cada vez para buscar chegar em Paris na melhor forma física, técnica e mental possível”, afirmou ele.

Caribé até tem uma parte da família da mãe que é tradicional no karatê, mas foi pela natação que o atleta se apaixonou, de forma natural, com a ajuda do pai, Mateus Caribé, que é educador físico. A conexão entre o nadador e as águas fez com que, aos dois anos de idade, o atleta já aprendesse a nadar, com a ajuda do pai, que tinha como objetivo o desenvolvimento do filho.

Pés no chão

Apesar de ser uma das grandes apostas da natação e considerado por outros como o novo César Cielo, Caribé prefere manter os pés no chão enquanto aos comentários.

As expectativas em cima do nadador muitas vezes é correspondida nas piscinas, visto que, durante o primeiro Pan-Americano de sua carreira, em Santiago, no Chile, em 2023, o baiano foi destaque ao conquistar três medalhas de ouro nos 100m livre.

No entanto, apesar dos inúmeros pontos positivos, Caribé prefere ser racional em relação ao seu esporte e às expectativas que colocam sobre ele, e se mantém preocupado com a sua preparação.

“Procuro não me preocupar e pensar nessas 'apostas' e expectativas que são geradas. O esporte não é uma ciência exata, principalmente a natação, que é uma modalidade individual, decidida por centésimos. Minha preocupação agora é na minha preparação. Quero chegar em Paris bem preparado e nadar muito bem as três vezes que preciso nadar minhas provas para conquistar uma medalha”, afirmou Caribé.

Caribé é uma das grandes apostas da natação
Caribé é uma das grandes apostas da natação | Foto: Reprodução/Instagram guicaribe_

Estar alinhado com a realidade para o nadador é algo tão certeiro ao ponto de mantê-lo focado somente no seu período preparatório para a Olimpíada. Segundo Caribé, o foco será mudado apenas quando chegar em Paris.

"Quando chegar em Paris o foco mudará é aí estará voltado para as provas. Nadarei os 50 e os 100 livre e em cada uma dessas provas tenho que nadar bem as eliminatórias para estar entre os 16 semifinalistas. Depois tenho que nadar bem a semifinal para estar entre os oito finalistas e aí é fazer a prova da vida para tentar a tão sonhada medalha”, contou o nadador.

Toda a trajetória trilhada por Caribé, até aqui, quase teve um ponto final. Isso porque, aos 14 anos, o atleta parou de nadar, após não conseguir dar o resultado que as pessoas esperavam dele.

No entanto, um ano depois, aos 15 anos, o nadador compreendeu a grandeza da sua paixão pela água e voltou para a natação. De cabeça erguida e observando o sonho sendo realizado, Caribé sente que a Olimpíada de Paris é apenas um dos objetivos alcançados e que ainda tem a sensação de muito para conquistar.

Preparação

Para ser um dos nadadores referências, o atleta mantém uma rotina de treinos pesada. Segundo Caribé, ele realiza mais de oito sessões semanais de treino na água. “Realizo de nove a 10 sessões de treinos semanais na água, mais sessões de treinos físicos, mais sessões de fisioterapia e nutrição. Os treinos na água variam muito, de acordo com a época e com a proximidade de competições. Intensidade e metragem variam de acordo com a programação montada pela comissão técnica. E além disso ainda tenho minhas aulas e provas na universidade”, declarou Caribé.

O baiano conquistou três medalhas de ouro no Pan-Americano de 2023
O baiano conquistou três medalhas de ouro no Pan-Americano de 2023 | Foto: Reprodução/Instagram guicaribe_

Por fim, o atleta pontuou que, na época em que buscava a vaga para Paris, a rotina de treinos se manteve igual. “A rotina não muda, só a programação de intensidade e metragem que varia de acordo com o que a comissão técnica define”, finalizou.

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