Uma tempestade com chuvas e ventos de mais de 150 quilômetros por hora deixou, neste fim de semana, 14 mortos, causou destruição e paralisou parcialmente cidades do centro da Argentina, além de ter causado duas mortes no Uruguai.
O presidente argentino, Javier Milei, viajou hoje para Bahía Blanca, cidade portuária a 800 km de Buenos Aires, onde 13 pessoas morreram sábado (16) na queda do teto de um clube durante a tempestade. Outras 14 pessoas ficaram gravemente feridas, segundo o município.
As vítimas foram surpreendidas durante um campeonato de patinação. "Que as pessoas não circulem, continuamos em estado de emergência", pediu hoje o prefeito de Bahia Blanca, que ficou sem luz e sofreu danos generalizados devido ao vento, que superou 150 km/hora, segundo autoridades.
Em Moreno, a 40 km de Buenos Aires, uma mulher morreu ao ser atingida por um galho de árvore, segundo fontes policiais. Os ventos foram causados "por uma grande massa de ar quente e úmido prévia ativada pela passagem de uma frente fria", mas sem relação específica com o fenômeno El Niño, explicou o meteorologista Leo Deenetis.
Mortes no Uruguai
No Uruguai, duas pessoas morreram na madrugada deste domingo (17) no departamento de Colonia, afetado pela queda de árvores e telhados, causada por ventos de mais de 167 km/hora, segundo o Instituto Uruguaio de Meteorologia (Inumet).
Bombeiros reportaram mais de 150 emergências atendidas em Montevidéu e no restante do país, com danos a residências, veículos e à rede de saneamento, segundo a imprensa local.
O Inumet alertou hoje para tempestades no sudoeste daquele país. Já o Serviço Meteorológico Nacional (SMN) argentino previu um avanço das tempestades para o norte do país.