O líder do Conselho de Segurança Nacional de Israel, Tzachi Hanegbi, anunciou nesta sexta-feira (17) que o país irá permitir a entrada de combustível na Faixa de Gaza. No entanto, o acesso de suprimentos será limitado a dois caminhões por dia.
Segundo o líder, a permissão tem como objetivo permitir o funcionamento do sistema de esgoto local e também conter a disseminação de doenças.
Leia Também:
Caminhões com ajuda humanitária entram na Faixa de Gaza
Lula pede apoio de Israel para nova repatriação na Faixa de Gaza
Tzachi Hanegbi destacou que a decisão atende um pedido dos Estados Unidos. Segundo o comunicado, a quantidade de combustível autorizada representa de 2% a 4% da quantidade normalmente usada antes da guerra.
A Faixa de Gaza sofre com a escassez de suprimentos de primeira necessidade, a exemplo de alimentos e remédios. O acesso de combustível também foi restringido por Israel.
Um relatório recente realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) identificou que a falta de água potável está causando um surto de diarreia na Faixa de Gaza. "A falta de combustível levou ao encerramento de fábricas de dessalinização, aumentando significativamente o risco de infecções bacterianas, como a diarreia", esclareceu a OMS.
Além da escassez de suprimentos, a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente, informou que Gaza está passando por um completo blecaute de telecomunicações.
Philippe Lazzarini, comissário-geral do órgão ligado à Organização das Nações Unidas (ONU), afirmou em entrevista coletiva ter recebido informações de que a região estaria com acesso à internet e telefonia restritos devido à falta de combustível.