
O famoso grupo Johnson & Johnson vai ter que abrir os cofres e desembolsar US$ 15 milhões após um júri considerar que a empresa é responsável por causar mesotelioma em um homem de Connecticut, que alega ter desenvolvido a forma rara de câncer após usar o talco da marca por décadas. A decisão foi anunciada na terça-feira (15) pelo Tribunal Superior do Condado de Fairfield, nos Estados Unidos.
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Além da indenização milionária, a Johnson & Johnson também enfrentará a imposição de danos punitivos, cujo valor será definido mais adiante. O advogado do homem, Ben Braly, celebrou o veredito, afirmando que a empresa deve ser responsabilizada por comercializar um produto que, segundo ele, continha amianto, um agente cancerígeno conhecido.
Em resposta à condenação, Erik Haas, vice-presidente mundial de contencioso da J&J, anunciou que a empresa planeja recorrer, alegando que o julgamento foi prejudicado por decisões do juiz que impediram a apresentação de provas relevantes. "O talco é seguro, não contém amianto e não causa câncer", disse em um comunicado.
Mas essa não é a primeira vez que a marca lida com tais alegações. A Johnson & Johnson acumula mais de 62 mil denúncias de que seus produtos de talco causaram câncer de ovário e outras doenças. A companhia busca um acordo de falência de cerca de US$ 9 bilhões para resolver esses casos, enquanto os processos relacionados ao mesotelioma continuam nos tribunais.