,Este ano, a peregrinação do Hajj, um dos cinco pilares do Islamismo, foi marcada por temperaturas escaldantes que superaram os 50°C, levando à morte de pelo menos 550 peregrinos. As autoridades informaram que, durante os dias dedicados às práticas religiosas em Meca, 323 egípcios faleceram devido a doenças causadas pelo calor extremo.
A Índia registrou cerca de 50 mortes, especialmente durante o período central do Hajj, incluindo o Dia de Arafat. Mortes também foram relatadas entre peregrinos da Jordânia, Indonésia, Irã e Senegal.
O Dia de Arafat, que rememora o último sermão do profeta Maomé no Monte Arafat, foi o período com mais óbitos. Isso se deve principalmente à prática de "Wakoof Al Arafat", onde os fiéis permanecem em oração em pé durante todo o dia e percorrem uma distância de 10 km. As autoridades explicaram que muitos não estavam preparados para tais exigências, especialmente sob calor intenso, o que resultou em um alto número de mortes.
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Comparado ao ano passado, quando o número de vítimas foi de 240, várias medidas preventivas foram adotadas este ano para mitigar os efeitos do calor. Entre as ações estavam a distribuição de guarda-chuvas e água, a instalação de áreas climatizadas e avisos para que os fiéis respeitassem seus limites físicos. A Arábia Saudita mobilizou uma preparação para que os efeitos fossem minimizados, foram 189 hospitais, centros de saúde e clínicas móveis, oferecendo mais de 6.500 leitos e mobilizando 40 mil funcionários e voluntários.
Apesar desses esforços, as medidas adotadas não foram suficientes para atender adequadamente os quase 1,8 milhão de peregrinos que participaram do Hajj, cumprindo o mandamento religioso de visitar Meca pelo menos uma vez na vida.