A volta da Feira Nacional de Agropecuária da Bahia (Fenagro), no Parque de Exposições, em Salvador, tem servido de oportunidade para a população conhecer mais da Embrapa, além de receber agricultores curiosos por novidades no setor.
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Nesta quinta-feira (5), Helton Fleck da Silveira, Analista de Transferência de Tecnologia da Embrapa, conversou com o Grupo A TARDE, destacando a participação da instituição na feira e os principais avanços tecnológicos apresentados ao público. O evento, que marca a retomada da Fenagro, serve como uma plataforma importante para o órgão divulgar suas soluções inovadoras para o setor agrícola.
Fleck explicou que, embora a unidade da empresa responsável pela pesquisa e desenvolvimento de tecnologias agrícolas esteja localizada em Cruz das Almas, na Bahia, a empresa tem 46 unidades espalhadas pelo Brasil. “A nossa unidade está em Cruz das Almas, mas a Embrapa tem 46 unidades no Brasil. E de qualquer maneira, nós acabamos levando essa mensagem também dos outros produtos que a Embrapa trabalha, das outras culturas”, comentou.
A unidade de Cruz das Almas foca principalmente em mandioca e fruticultura, com destaque para o abacaxi, a banana e os cítricos, como laranja, limão e tangerina. Fleck detalhou o objetivo de participar da feira: “O objetivo é estar aqui para dialogar com as pessoas, para mostrar, para mostrar as novidades, para mostrar as linhas de pesquisa que nós trabalhamos, né? E assim nos aproximar tanto do público em geral, como também de produtores e técnicos”.
Um dos pontos que mais chamou a atenção dos visitantes foi a demonstração de diferentes variedades de cítricos, com frutas que variam desde as menores até uma toranja de mais de um quilo. Fleck explicou como a diversidade de frutas e o tamanho impressionante das amostras geraram grande curiosidade.
Além disso, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária apresenta técnicas avançadas de micropropagação vegetal, um processo de cultivo em laboratório que permite a multiplicação de plantas em condições controladas. Fleck falou sobre o interesse que essa técnica desperta nos visitantes: “Uma boa parte também da micropropagação vegetal, que é uma técnica de laboratório que nem todos conhecem, então fico muito curioso porque vem ali as plantas pequenininhas em vidros fechados, com gel, e fico muito interessado”.
Ao comentar sobre o impacto das pesquisas da Embrapa para a sociedade, Fleck destacou o papel da instituição em oferecer soluções que tornam a agricultura mais eficiente e sustentável. Ele falou que o órgão contribui para resolver problemas críticos enfrentados pelos agricultores, como doenças que afetam as culturas e a necessidade de variedades mais resistentes e fáceis de manejar. “O objetivo é também dar suporte aos sistemas agrícolas, ou seja, soluções agrícolas e soluções agronômicas, para que a agricultura possa se tornar mais eficiente, mais sustentável, para que possa superar alguns problemas”, afirmou.
O analista também mencionou o interesse crescente dos produtores e técnicos pelas novas variedades desenvolvidas pela Embrapa, como o abacaxi sem espinhos nas folhas e coroa, que facilita o trabalho no campo: “Quando você fala que você tem uma planta resistente, uma nova variedade resistente a uma doença que é muito importante, que ele sabe que impacta muito… isso gera muito interesse porque são soluções para questões críticas”.