Ambulantes que trabalharam os cinco dias do Festival Virada Salvador, na Arena O Canto da Cidade, na Orla da Boca do Rio, celebraram o saldo positivo do evento.
O ambulante Jorge Lobo trabalha com vendas há oito anos contou que valeu a pena fazer uma grana extra.
“Está sendo bom, assim como nos anos anteriores. Eu sou eletricista, mas sempre venho ao Festival Virada, porque eu tenho um propósito e esse trabalho extra é que me ajuda a realizar. O meu propósito é dar uma vida digna para a minha esposa e a minha filha. Graças a Deus, eu já consegui comprar a minha casa e agora planejo comprar um sítio para o nosso descanso. O lucro que tiramos daqui é muito bom, sem falar que nós trabalhamos nos divertindo. Aqui para mim é uma benção”.
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Quem também estava no ‘corre’ e ficou feliz com o lucro foi o vendedor informal Joselito Pereira. Desempregado, ele contou a importância do trabalho para a sua renda familiar. “É um trabalho essencial. As pessoas compram mais nos intervalos das bandas. E eu trabalho circulando, não fico parado. Aqui para mim é uma salvação. Eu espero o ano todo para, nesta data, fazer o meu trabalho. Dá para tirar um pouco mais de um salário, graças a Deus. Com a renda, eu pago meu aluguel”.
Já a baiana de acarajé Jamile Batista contou qual estratégia teve para atrair a freguesia. “Está ocorrendo tudo bem. Eu tive a ideia de trazer algumas mesas e cadeiras do meu ponto, o que tem atraído as pessoas para sentar e bater um papo, enquanto se alimentam. Aqui tem sido a garantia de uma renda extra para a minha família”.
Semop também celebra resultado
De acordo com Alexandre Tinoco, titular da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), 1.045 trabalhadores informais foram cadastrados para atuar no evento. Desse total, 900 foram ambulantes de isopor e, entre os demais, 145 foram baleiros, baianas de acarajé e vendedores em food trucks.
Diretor de Serviços da Semop, Alysson Carvalho destaca que todas as licenças passaram pelo processo de seleção virtual da secretaria, que realizou, entre setembro e outubro, o cadastramento geral das atividades informais para todas as festas populares de 2025, incluindo o Festival Virada Salvador.
“Foram cinco dias intensos de vendas e, sem dúvidas, uma boa renda para começar bem o ano de 2025 para todos eles que trabalham no comércio informal. A preocupação da Prefeitura perpassa desde a contratação dos grandes artistas para que a festa esteja sempre lotada até o trabalhador informal, ao oferecer um ponto de hidratação, banheiros exclusivos, kit escovação e, junto ao patrocinador, cestas básicas. Enfim, é um grande trabalho pensando em todos os detalhes para que tenhamos sempre o maior e melhor festival do Brasil em todos os aspectos”, afirmou.