No ano em que se celebra os 40 anos da axé music, o Governo do Estado anunciou que o Carnaval Ouro Negro do Pelourinho terá o maior valor já investido. Serão R$ 15 milhões destinados à iniciativa, que visa apoiar entidades culturais de matriz africana, como afros, afoxés, samba e reggae, além de blocos de índios.
“O maior ouro negro da história. É um trabalho da valorização da história africana, das nossas raízes”, afirmou o titular da Secretaria Estadual de Cultura da Bahia (Secult), Bruno Monteiro
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As novidades deste ano incluem ainda novas faixas de apoio e ampliação de acesso às categorias na Micareta de Feira e na Lavagem do Bonfim.
Ao todo, serão 98 entidades contempladas em 112 projetos com o valor de R$ 15 milhões. São eles: 18 afoxés, 35 blocos afros, 2 blocos de indígenas, 5 de reggae e 38 de samba.
O governador Jerônimo Rodrigues (PT) destacou a contribuição econômica e social da festa. “O Carnaval da Bahia é uma política pública que não apenas celebra nossa cultura, mas também trabalha diretamente com a geração de renda. Temos um compromisso com a preservação ambiental, com ações específicas voltadas para os catadores e catadoras. Durante o Carnaval, aproveitamos a oportunidade para realizar campanhas importantes, como as de conscientização sobre dengue, saúde e vacinação”.
Segundo ele, o investimento no Pelourinho é para revitalizar e ocupar o espaço histórico. “Também valorizamos os percursos tradicionais do Carnaval da Bahia, como a Avenida Sete, Carlos Gomes e o Campo Grande, sem desmerecer a força do circuito de Ondina. Trabalhamos para garantir que não haja preconceito na celebração”, afirmou.
Este ano, além das festividades em Salvador, o gestor anunciou que fará o lançamento do Carnaval da Bahia em outras regiões do estado. No ano passado, estivemos em Lençóis, e neste ano há a possibilidade de irmos a Rio de Contas, mesmo com os desafios causados pelas chuvas e pela transição. Também planejamos eventos em áreas litorâneas, como foi em Itacaré”.