Suspenso por cinco anos do vôlei pelo Cecob (Conselho de Ética do Comitê Olímpico do Brasil), o oposto Wallace definiu sua punição como "desproporcional". Ele tinha pena inicial de 90 dias, mas entrou em quadra na Superliga após uma liminar.
"Cinco anos é muita coisa. Vou fazer 36 neste ano. Se realmente se concretizar isso daí, teoricamente acabou [a carreira] para mim, mas espero que isso mude, que isso se reverta de alguma forma. Que seja uma punição razoável. Saiba que você está abrindo um precedente. Eu tomei 17 jogos, e hoje a punição máxima no vôlei acho que são 12. Agora aumentaram para cinco anos. A punição máxima para doping são dois anos, três, quatro, não sei. É bem desproporcional", afirmou ao Esporte Espetacular.
O caso
Wallace abriu uma caixa de perguntas no instagram e um fã perguntou se ele daria um tiro no rosto do presidente Lula (PT). Por ter criando uma enquete para que os seguidores respondessem, o Cecob entendeu que ele feriu o código de ética da entidade ao fazer uma incitação à violência. O atleta foi suspenso, inicialmente, por 90 dias a partir de fevereiro.
O oposto conseguiu uma liminar para atuar na final da Superliga, que ocorreu no último domingo. A permissão foi concedida pelo STJDV (Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Vôlei). Diante disto, o Cecob determinou o aumento da suspensão, que saiu dos 90 dias para cinco anos. A defesa de Wallace deve recorrer ao CBMA (Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem).