Com 11 anos de MMA e um cartel de 20 vitórias e três derrotas, o lutador baiano Jailton Almeida, o Malhadinho, está na reta final da preparação para subir mais um degrau no octógono rumo ao cinturão mundial e enfrentar o atleta da Moldávia, Alexander Romanov, no UFC 302, no próximo dia 1º de junho, em Nova Jersey, nos EUA. Visando o combate, o brasileiro mostra-se totalmente focado e garante que conhece muito bem o seu adversário.
“Ele é um cara que cansa no primeiro round, e se pegar um pior do que ele no gás, acaba se sobressaindo. A última luta que ele ganhou foi dessa forma, né? Vocês viram que em São Paulo eu lutei 5 rounds com um cara mais pesado do que eu [Derrick Lewis], muito mais pesado, e eu fiz os rounds bem demais. Acho que vai ser uma luta muito dura, ele está buscando a vitória também. Mas vai ser um show pra gente”, projetou Malhadinho, em entrevista ao MASSA!, durante treinamento na academia Galpão da Luta, no bairro de Brotas, em Salvador.
Seu oponente é o 13º no ranking dos pesos-pesados do Ultimate Fighting Championship e vem de uma vitória sobre o búlgaro Ivanov, no ano passado, por decisão unânime dos juízes. No entanto, comparado ao baiano, é mais baixo e também mais pesado. Restando poucos dias para o combate, o número 7 da categoria peso-pesado afirmou não sofrer com a perda de peso. Inclusive, detalhou sua preparação daqui para frente.
“Essa semana [passada] foi a última de treino forte que a gente fez. Nos Estados Unidos a gente vai fazer um treino mais solto, só pra sentir o clima lá, sentir o ambiente”, explicou Jailton, que completou expondo o objetivo de treinar na capital baiana.
“Pretendo sim conhecer algumas academias nos Estados Unidos, pra fazer alguns treinos. Mas eu pretendo fazer os meus treinos em Salvador. Tenho que mostrar que o nosso país, nosso estado, é forte também”, pontuou.
Herrick Kong, responsável pelo Galpão e um dos treinadores de Jailton Almeida, ao destacar o ponto forte do atleta, deu uma cutucada nos ‘haters’. “O ponto forte dele a gente já sabe, não é segredo pra ninguém, que é a parte da luta agarrada. Ainda não foi mostrado dentro do UFC, mas ele tem a parte de trocação excelente também, né? Mas a gente não precisa mostrar só porque o público quer ver, a gente precisa mostrar a atividade e ganhar as lutas como a gente acha que é o melhor caminho”, disparou o mestre.
Relação com o patrão
Sobre a sua relação com Dana White, presidente do UFC, e a projeção dentro da organização, Malhadinho é enfático. “Então, a categoria está embolada. A minha relação com o Dana White é a relação de funcionário com patrão, colocou serviço a gente vai cumprir a missão”, indicou, completando em seguida com a sua visão.
“A categoria está uma incógnita, a gente não sabe, né? No caso, anunciou recentemente Curtis Blaydes contra Tom Aspinall, eu vou lutar agora, Jon Jones [campeão da categoria] pretende voltar este ano”, disse.
Embaixador rubro-negro?
Já sobre seu time do coração, o Esporte Clube Vitória, o qual sempre acompanha no estádio Barradão, Malhadinho revelou que ainda aguarda pelo convite para tornar-se embaixador do clube. “Não só eu, como a torcida toda já pediu pra eu ser embaixador, muita gente fala que eu sou a cara do Vitória. Não chegou ninguém do Vitória pra falar comigo ainda, ninguém da diretoria, mas se chegar as portas estão abertas, eu vou estar fazendo uma coisa pro meu clube, que eu tanto amo. E vai ser uma coisa de coração mesmo, não vai ser aquele negócio de torcedor nutela. Na vitória e na derrota, eu sou Vitória”, lembrou o também torcedor rubro-negro.