
Quando entrar em campo nesta quarta-feira (14), Marrocos já terá feito história ao ser a primeira seleção africana a disputar uma semifinal de Copa do Mundo. Se bater a França, ajudará a quebrar um tabu que já dura 92 anos: uma final de mundial sem nenhum europeu.
Com exceção da competição da primeira edição, que ocorreu em 1930 e foi decidida por Uruguai e Argentina em 1930, todas as demais Copas tiveram ao menos uma seleção europeia na final. Em 1950 foi a única que não teve um jogo final oficial, e sim um quadrangular final, que teve Brasil, Uruguai, Suécia e Espanha. Apesar de o jogo entre Uruguai e Brasil ter sido o último do torneio e ter decidido o título em virtude dos resultados anteriores das duas seleções, não era oficialmente uma final.
Além de uma final inédita para uma seleção africana, uma final entre argentinos e marroquinos colocaria fim a uma sequência de quatro títulos europeus em Copas do Mundo. O Brasil foi o último não europeu a vencer, lá em 2002. De lá para cá, tivemos sul-americanos em apenas uma final, em 2014 no Brasil, quando a Argentina perdeu para a Alemanha.
Com exceção do Uruguai em 1930, apenas Brasil e Argentina conseguiram chegar em finais de Copa do Mundo sem serem europeus, o que demonstra a soberania do continente em relação aos outros.
Das cinco finais que aconteceram neste século três delas a final foi apenas com europeus.
Às 16h, horário de Brasília, Marrocos e França entrarão em campo para sabermos se a sina será quebrada, ou se os europeus irão manter a dominância em finais.