Trabalhadores que atuaram na Copa do Mundo do Catar, entre novembro e dezembro do ano passado, denunciam o não recebimento de parte dos pagamentos combinados para os serviços prestados durante o torneio. Mais de 1,1 mil estrangeiros afirmam não terem recebido bônus financeiros, enquanto os cerca de 100 cataris que estiveram trabalhando já ganharam o valor acordado.
Segundo o ge.globo, o sheik Tamim bin Hamad bin Khalifa Al-Thani, Emir do Catar, recebeu a denúncia por meio de uma carta formal enviada pelos profissionais no dia 20 de novembro de 2023, exatamente um ano após a abertura da Copa do Mundo.
Os responsáveis pela carta consideram uma forma de discriminação a decisão de não pagar os bônus, visto que apenas os trabalhadores locais foram pagos, mesmo sendo grande minoria em relação ao total. O Comitê Supremo da Copa e o governo do Catar não se manifestaram a respeito.
Antes do apelo através da mensagem, houve outras tentativas de contato com autoridades do país, mas nenhuma foi respondida. Segundo os relatos ouvidos pela reportagem, o pagamento de bônus não estava previsto nos contratos, mas é algo quase padrão na cultura do Oriente Médio. No grupo dos trabalhadores que cobram esse pagamento, ainda estão incluídos 100 brasileiros.