O grande dia do último Ba-Vi de 2025 está chegando. Amanhã, no estádio Barradão, será escrito mais um capítulo, o de número 504, de um confronto carregado por muitas histórias. E, com torcidas gigantescas, o que não faltam são torcedores-símbolo para Bahia e Vitória, como Solange Costa, tricolor fanática de 85 anos, e Marcus Elói, professor de química e rubro-negro fervoroso de 52 anos.
“Sossó”, como é conhecida a torcedora do Esquadrão, tem a casa lotada de artifícios do clube. São fotos, camisas, copos, relógios, canecas, travesseiros, chaveiros e tudo o que imaginar com o símbolo do Bahia. “Desde pequena eu já frequentava a Fonte Nova. O Bahia para mim é alegria, é felicidade”, definiu a tricolor.
Já no lado vermelho e preto, o professor Elói é figura certa no Barradão e começou a torcer pelo Leão por influência do pai. “Ser Vitória é ter paixão pela vida. É ter amor pelos meus filhos. Minha filha mais velha chama-se Vitória. O quadro de aula só tem duas cores: vermelho e preto”, brincou.
Sobre o maior clássico do Norte/Nordeste, cada torcedor tem suas melhores e mais marcantes recordações. “Minha melhor lembrança é a goleada em 1989, com três gols de Hugo Aparecido em plena Fonte Nova no Brasileiro. Inesquecível”, contou Marcus Elói.
Para Sossó, a escolha é o “eterno gol de Raudinei”. “Eles estavam comemorando o título no jogo decisivo, em 1994. Mas Raudinei apareceu e decidiu nos últimos momentos, nunca vou esquecer desse lance”, recordou-se a fanática.
Tradição e palpite rubro-negro
Se a camisa do Vitória vira praticamente uma segunda pele para os torcedores, Marcus Elói tem uma tradição curiosa com a bandeira do clube. Seu amor pelo Colossal não tem fronteiras, por isso, o professor sempre que viaja leva a bandeira do Colossal. Assim, já deixou a marca do Vitória em diversos países, como EUA, México, Argentina, Paraguai, Chile, Portugal, França, Inglaterra e Itália.
Mas sua maior prova de amor ao clube aconteceu mais recentemente. “Minha maior loucura foi ir ao Aeroporto naquele 25 de setembro de 2022, um domingo, após conquistar a vaga de acesso da Série C para a Série B”, descreveu.
Sobre o Ba-Vi de amanhã, pela Série A, o rubro-negro foi mais comedido. “É ganhar por qualquer resultado. Meu palpite é 1 a 0 para o Leão”, projetou.
Decoração e placar tricolor
Cada pedaço das paredes da casa de Sossó tem um acessório do Tricolor. Imaginou algum objeto com o escudo do Bahia? Tem na casa da torcedora. “Tenho muito carinho por cada peça. Comecei a decoração há uns quatro anos, quando conheci pessoalmente meu grande ídolo, Emerson Ferretti, ele já veio algumas vezes aqui em casa”, detalhou Solange, destacando que virou amiga do ex-goleiro. “A admiração começou desde que ele chegou no Bahia. Foi algo fora do comum. Ele é meu grande ídolo, já falei para ele”, lembrou.
Já sobre o placar do clássico baiano válido pelo Campeonato Brasileiro amanhã, fora de casa, a torcedora do Bahia não titubeou no seu palpite. “Eu espero que seja um triunfo, não aceito perder para o vice. 3 a 0 para o Tricolor está bom”, indicou empolgada.
*Sob a supervisão do editor Léo Santana
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