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xenofobia - 12/07/2024, 20:52 - Da Redação

Sonia Guajajara rebate ‘close errado’ de Abel Ferreira: “Inadmissível"

Ministra convidou técnico “a conhecer a história dos povos indígenas do Brasil”

Fala xenofóbica de Abel Ferreira aconteceu nesta quinta-feira (11)
Fala xenofóbica de Abel Ferreira aconteceu nesta quinta-feira (11) |  Foto: Instagram (@guajajarasonia)/Nelson Almeida (AFP)

A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, rebateu Abel Ferreira, após uma fala preconceituosa do técnico do Palmeiras. O treinador português afirmou, nesta quinta-feira (11), que no time liderado por ele havia organização e “não era uma equipe de índios".

Em suas redes sociais, a ministra afirmou que Abel “errou, e muito” ao escolher os termos ditos e a situação era “inadmissível”. Além do teor xenofóbico, o termo correto a ser aplicado é “indígena”, que significa “originário, aquele que está ali antes dos outros e valoriza a diversidade de cada povo”.

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“Naquele momento, trouxe para o debate público a relevância inadiável de avançarmos numa agenda de igualdade étnico racial como premissa para a cidadania, com o resgate, a preservação e a valorização da história e dos saberes da cultura afro-indígena do Brasil”, publicou.

Sonia Guajajara disse também que gostaria de convidar o técnico “a conhecer a história dos povos indígenas do Brasil”. “E também conhecer a história de colonização de Portugal, seu país de origem, em relação ao Brasil e como estamos trabalhando para rever isso”, completou.

Leia o posicionamento completo da ministra:

“O técnico do Palmeiras errou, e muito, na sua declaração. Gostaria de convidá-lo a conhecer a história dos povos indígenas do Brasil. E também conhecer a história de colonização de Portugal, seu país de origem, em relação ao Brasil e como estamos trabalhando para rever isso.

O próprio presidente de Portugal, recentemente, admitiu que o país foi responsável por uma série de crimes contra escravos e indígenas no Brasil. Uma declaração muito importante porque o reconhecimento de tais crimes é o 1º passo para ações concretas de reparação.

Seu posicionamento, naquele momento, trouxe para o debate público a relevância inadiável de avançarmos numa agenda de igualdade étnico racial como premissa para a cidadania, com o resgate, a preservação e a valorização da história e dos saberes da cultura afro-indígena do BR.

Em junho, inclusive, o governo federal, em visita da ministra Anielle Franco a Portugal, assinou um Memorando de Entendimento com o Observatório do Racismo e Xenofobia do país, que desenvolve ações para sensibilizar e educar a sociedade sobre a importância da igualdade racial.

Essas ações são importantíssimas e passam também pelo combate a estereótipos em relação a esses povos, que levam a falas inadmissíveis como essa de Abel Ferreira.”

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