Jorge Kajuru (PSB), senador em Goiás e também jornalista esportivo, acusa o ABC de ter aceitado 'mala branca' para tentar derrotar o Vila Nova na última rodada da Série B. Ele chega a dizer que os jogadores do time potiguar são "bandidos piores que prostitutas".
O ABC foi lanterna da competição durante toda a temporada, sendo rebaixado matematicamente desde a 33ª rodada. No entanto, isso não impediu o time de atrapalhar três postulantes ao acesso, Juventude, Guarani e o Vila, que não conseguiram vencê-lo. Após a última dessas partidas, que terminou 3 a 2 a favor do Elefante, Kajuru disse que os atletas receberam R$ 200 mil para ganhar o jogo.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, ele disparou: "Para mim, os jogadores do ABC de Natal são piores do que prostitutas. Muito piores. As prostitutas são mais éticas do que eles. Eles até agora não jogaram nada, deixaram o ABC rebaixado, desmoralizado no Campeonato Brasileiro. O ABC vai agora para a terceira divisão, de repente vai para a Série D. Tomara que vá para a Série Z. Tô cagando para o ABC de Natal", iniciou.
"Tenho 45 anos de carreira no futebol. A maioria da classe é de bandido, é de canalha (...) Vocês [jogadores do ABC] são canalhas, bandidos. Vocês não tiveram dignidade de vestir a camisa do ABC durante o campeonato, rebaixaram o time, e, na última rodada, no último jogo, jogaram como se fosse uma Copa do Mundo porque vocês receberam R$ 200 mil cada um de prêmio para derrotar o Vila Nova e derrotaram. É por isso que tenho nojo do futebol", completou.
Vale lembrar que o meia-atacante Thonny Anderson, autor do gol que 'fechou o caixão' do Vila Nova na derrota para o ABC, provocou na comemoração ao dizer que "não vai subir ninguém", uma referência ao filme 'Tropa de Elite' em alusão ao não acesso do Tigre, que precisava apenas de uma vitória simples para finalmente jogar a Série A.
Após as declarações de Kajuru, o Sindicato dos Atletas de Futebol Profissional do Estado do Rio Grande do Norte (Safern) repudiou as acusações do senador e pediu uma retratação pública dele.
"Certamente que o senador, em disparate, deve ter confundido sua condição de homem público eleito pelo povo do Estado de Goiás com a sua profissão nata de jornalista, onde a emoção, o equilíbrio precisa ser contido para o bem da informação isenta. Atingir a dignidade das pessoas afronta cláusulas pétreas inseridas na Carta de Outubro, notadamente o art. 5º e suas derivações. Sabendo disto, cumpre-nos o dever de sugerir ao jornalista que se retrate, publicamente e no mesmo tempo e modo, das gravíssimas acusações proferidas contra os profissionais que defenderam bravamente o centenário clube potiguar", cobrou a Safern em nota.
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