De um lado, a principal força da América do Sul, do outro, a campeão europeia de futebol feminino. O jogo entre Brasil e Inglaterra na Finalíssima, nesta quinta-feira (6), às 15h45, no estádio de Wembley, de algum modo antecipa um confronto digno de fases finais da Copa do Mundo. É como uma prévia de luxo do Mundial, que vai acontecer de 20 de julho até 20 de agosto, na Austrália e Nova Zelândia. Quem vencer, fica com o título. O empate leva a partida para os pênaltis.
A equipe treinada por Pia Sundhage vem vivendo momento difícil. Perdeu os últimos dois jogos contra Estados Unidos e Canadá e tem pela frente uma das principais forças em ascensão. A Inglaterra nunca venceu a Copa, assim como o Brasil, mas está em processo de crescimento. Venceu a bicampeã Alemanha na final para conquistar a Eurocopa feminina e, no ano passado, derrotou a tetracampeã seleção dos Estados Unidos. Ou seja, o Brasil tem um desafio e tanto pela frente.
No histórico dos duelos, as inglesas levam vantagem. De três partidas disputadas, venceram duas. A canarinho venceu apenas uma. As partidas não tiveram grandes diferenças no placar e sempre foram bastante acirradas.
Para a Finalíssima, que marca a decisão entre as duas campeãs da Copa América e da Eurocopa, a Seleção Brasileira terá alguns desfalques. Além da atacante Ludmila, que sofreu grave contusão no joelho e deve ficar de fora até mesmo do Mundial, a goleira Lorena, a artilheira Debinha (que marcou, inclusive, os dois gol do Brasil no triunfo sobre as inglesas), as meias Marta e Duda e a zagueira Tainara não vão jogar por conta de lesão.
No encerramento da preparação, ontem, Pia Sundhage testou a equipe que deve entrar em campo, em um coletivo, com orientações táticas, e treinou cobranças de pênalti. Com as perdas no setor ofensivo, a técnica tem como opções Adriana, Geyse, Andressa Alves, Gabi e Bia Zaneratto. Com o corte de Marta, a camisa 10 ficou com Duda Santos, que joga no Palmeiras.
Rumo ao Mundial
A disputa do título da Finalíssima será o penúltimo confronto de peso da seleção feminina antes do Mundial. Atualmente o Brasil ocupa a nono lugar no ranking mundial da Fifa, e a Inglaterra é a número 4 na lista. A expectativa é de que o estádio de Wembley receba um público de quase 90 mil torcedores.
Em coletiva depois do treino de ontem, Bia Zaneratto demonstrou confiança no trabalho que vem sendo por Pia Sundhage na equipe e falou dos desafios para enfrentar a forte equipe da Inglaterra.
“Com certeza a gente vai tentar filtrar as grandes jogadas delas, que acho que é o principal. São muitos cruzamentos, elas têm velocidade de jogo, mas a gente por outro lado também tem essa parte ofensiva muito rápida, tem essa força no ataque com muita velocidade, muita força física e, consequentemente, a gente tem que se organizar melhor defensivamente. Então, acho que essa mescla é que vai fazer a diferença para que nesse jogo a gente possa sair com o resultado positivo”, falou a jogadora, camisa 16 da Seleção.
De Londres, as brasileiras vão para a Alemanha, onde farão o amistoso contra as donas da casa na próxima terça-feira, em Nuremberg. A estreia do Brasil na Copa do Mundo será contra o Panamá, no dia 24 de julho, em Adelaide. Em seguida, o país enfrenta a França, no dia 29, em Brisbane, e encerra a primeira fase em duelo contra a Jamaica, em 2 de agosto, em Melbourne, também na Austrália.
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