Com um calor escaldante, mas com forte apoio do povo mato-grossense, a Seleção Brasileira encara a Venezuela, hoje, às 21h30, na Arena Pantanal, em Cuiabá, pela terceira rodada das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026. Depois de vencer Bolívia e Peru nas duas primeiras partidas da competição, para manter os 100% na ‘Era Diniz’, o Brasil terá que superar não só os venezuelanos, mas também a temperatura beirando a casa dos 40° na capital de Mato Grosso.
Além do clima quente, o volante Casemiro se queixou ontem, em entrevista coletiva, sobre as condições do gramado do estádio da partida, mas destacou todo o carinho que a equipe vem recebendo da torcida local, que já não via a Seleção de perto desde 2002, última vez que o Brasil jogou em Cuiabá.
“Assim como foi em Belém (1ª rodada das Eliminatórias), aqui em Cuiabá o carinho da torcida está sendo incrível. Mas o campo não é do nível que estamos acostumados. O calor aqui também é maior do que estamos acostumados. Mas não podemos ganhar tudo, você ganha de um lado e perde do outro. Mas o apoio da torcida está sendo incrível, essas coisas nos fortalecem dentro da Seleção”, ponderou.
O jogador do Manchester United, que com Fernando Diniz no comando virou o principal capitão da Amarelinha, também celebrou seu novo papel quando a equipe tem a bola. No “Dinizismo”, Casemiro não tem sido só um cão de guarda protetor da zaga, além disso, vem desempenhado uma função de maestro, ditando o ritmo da equipe. Em média, o volante de 31 anos teve 96 toques na bola e acertou 90% dos passes tentados durante as primeiras partidas das Eliminatórias.
“Cada treinador tem a sua característica, mas os princípios do futebol são os mesmos. Um treinador é mais vertical, outro gosta mais de posse de bola. Uma das coisas que eu mais gostei com o Diniz é que ele pede que a bola passe bastante no meu pé, fico feliz por isso”, afirmou o experiente jogador.
Pensando no jogo de logo mais, Casemiro também analisou os principais jogadores da equipe adversária e explicou que, apesar do Brasil ser muito favorito para o confronto, a partida será complicada. “Rondón é o jogador deles que faz a diferença. O Soteldo também é um grande jogador. Só que o que importa é o que nós temos que fazer, temos que fazer um grande jogo. Independente do rival, se é mais ofensivo ou defensivo, a chave de tudo somos nós. Não será um jogo fácil, na América do Sul não tem jogo fácil”, concluiu o volante.
Time terá duas novidades
O técnico Fernando Diniz deve manter o padrão de jogo das duas primeiras rodadas das Eliminatórias para a Copa e, por conta de lesões, fará apenas duas mudanças na equipe titular do Brasil que irá enfrentar a Venezuela.
O atacante Vinicius Júnior e o lateral-esquerdo Guilherme Arana serão as novidades na equipe titular. Eles irão substituir Raphinha e Renan Lodi, que até chegaram a ser convocados para essa ‘Data FIFA’, mas foram cortados por lesão.
Então, levando em conta a equipe que treinou como titular nos dois dias de trabalhos, o Brasil deve entrar em campo hoje com: Éderson; Danilo, Marquinhos, Gabriel Magalhães e Guilherme Arana; Casemiro, Bruno Guimarães e Neymar; Vini Jr, Rodrygo e Richarlison.
Ficha técnica
Brasil x Venezuela - 3ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas
Local: Arena Pantanal, em Cuiabá (MT);
Dia e Hora: Quinta-feira (12/10), às 21h30;
Árbitro: Kevin Ortega;
Assistentes: Eduardo Cardozo e Milciades Saldivar (trio do Peru).
Brasil Éderson; Danilo, Marquinhos, Gabriel Magalhães e Guilherme Arana; Casemiro, Bruno Guimarães e Neymar; Vini Jr, Rodrygo e Richarlison. Técnico: Fernando Diniz.
Venezuela Romo; González, Osorio, Ángel e Navarro; Sosa, Herrera, José Martínez e Soteldo; Josef Martínez e Rondón. Técnico: Fernando Batista.
*Sob a supervisão do editor Léo Santana