As famílias que buscam uma programação 0800, para curtir o final de semana, poderão ir à Praia da Ribeira, em Salvador, acompanhar a Copa Norte Nordeste de Remo, que inicia nesta sexta-feira (29) e vai até o domingo (31).
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A principal competição de remo da parte norte do Brasil iniciou lá em 1961, em territórios baianos. Mais de 150 atletas de diversos estados, como Bahia, Espírito Santo, Pará, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe estarão na disputa do tradicional evento.
Com saída da Praia de Plataforma, as remadas se estenderão até a linha de chegada próximo ao palanque da Federação dos Clubes de Remo da Bahia (FCRB), na Enseada dos Tainheiros, na direção da Rua Júlio David, na Ribeira. O estado baiano estará representado pelo Clube de Natação e Regatas São Salvador; Esporte Clube Vitória; Sport Clube Santa Cruz; e pelo Clube de Regatas Península.
“Estamos com uma grande expectativa para o retorno da festa do Nordeste no remo, que é a Copa Norte Nordeste, reunindo o Norte, o Nordeste e o convidado Espírito Santo. É uma prova que começou e foi idealizada aqui; e está retornando e resgatando uma modalidade histórica e tradicional em seu berço cultural e esportivo, que é a Ribeira e Salvador. Um evento como este movimenta mais que esporte, movimenta o social, a cultura e, claro, a economia com tantos atletas”, comenta Adroaldo Mendonça, presidente da FCRB.
A competição é organizada pela Confederação Brasileira de Remo (CBR) e pela Federação dos Clubes de Remo da Bahia (FCRB), tendo o apoio do Governo do Estado, através da Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb) e da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre).
Tradição do Remo na Bahia
O remo figura entre os esportes mais antigos praticados na Bahia, havendo registros de atividades, inclusive, nas águas tranquilas do Porto da Barra desde o final do século XIX, ainda antes da chegada do críquete e, posteriormente, do futebol. No entanto, foi na Ribeira que a modalidade conquistou maior popularidade, chegando a dividir a atenção do público com o futebol até a década de 1920.
De acordo com o historiador Murilo Mello, a prática ganhou força no início do século XX, por volta de 1904, sobretudo nas águas da Enseada dos Tainheiros, que se consolidou como um ponto de referência para a modalidade. Segundo ele, o remo se destacou como um símbolo da modernidade, associado à busca por velocidade e ao vigor físico dos atletas, características que atraíam o público da época.
“Era algo que encantava muito o homem do século XX. Então, o remo cai na graça do povo, mesmo mais praticado pela elite. A galera prestigiava. A Enseada dos Tainheiros era esse grande palco, uma Fonte Nova, digamos assim. Eu já fui lá assistir as regatas, por exemplo. É um evento, um momento”, comenta Murilo.
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