O ministro da Justiça do governo Lula, Flávio Dino, falou, nesta quarta-feira, 18, que Robinho poderá cumprir no Brasil a condenação de nove anos de prisão por estupro de uma mulher na Itália. Em novembro, o governo Bolsonaro negou a extradição do ex-atleta.
"O exame definitivo compete a questões jurídicas, não são questões políticas. A própria Constituição brasileira proíbe a extradição de cidadãos brasileiros natos. Mas, agora pode, em tese, haver esse cumprimento de pena, mas isso precisa ser examinado e isso efetivamente tramitar", disse Flávio à rádio Bandnews.
Segundo Flávio, o caso ainda não chegou às suas mãos. Ele explicou que o tema, de início, tramita pelo Ministério da Justiça e que a Secretaria Nacional de Justiça, órgão central de cooperação jurídica de relação internacional, é a responsável pelo processamento.
Ainda de acordo com o ministro, a equipe está focada no trabalho que envolve os atos golpistas que aconteceram contra a sede dos Três Poderes, na Esplanada dos Ministérios. Por isso, o caso de Robinho não teve tempo para a análise..
"Evidentemente, posso afirmar que a minha visão geral é de que crimes, quaisquer que sejam eles, devem ser punidos. Mas, a aplicabilidade de um caso completo como esse só pode ser feita depois que houver toda a tramitação", completou Dino à rádio BandNews.
Robinho, de 38 anos, não entra em campo para uma partida oficial desde 2020, quando ainda defendia o Istambul Basaksehir, da Turquia.
Em outubro de 2020, ele chegou a ser anunciado pelo Santos, mas a contratação não foi adiante por conta dos protestos da torcida e pressão dos patrocinadores devidoo processo de estupro.