
Depois de dois dos piores anos da história da Seleção, 2025 fez valer a tradicional esperança da virada do ano e veio com mudanças importantes para a Copa do Mundo de 2026. A temporada começou com Ednaldo Rodrigues na presidência da CBF e com Dorival Júnior no comando técnico do Brasil, mas se encerra com a tão aguardada chegada de Carlo Ancelotti à frente da Canarinha e com Samir Xaud como mandatário da entidade, que propôs mudanças no futebol brasileiro.
Logo na primeira Data Fifa do ano, a Seleção Brasileira foi humilhada pela Argentina, sua maior rival, por 4 a 1, com direito a três gols em 37 minutos da equipe que não contava com Lionel Messi. O clássico foi marcado pelas provocações prévias de Raphinha e pela demissão de Dorival Júnior.
No mês seguinte, a Revista Piauí denunciou irregularidades financeiras da gestão de Ednaldo Rodrigues, ex-presidente da Federação Bahiana de Futebol (FBF), para se manter no cargo máximo da CBF. Diante do escândalo, a Justiça do Rio de Janeiro destituiu o baiano do cargo, por conta de uma suposta assinatura falsa de Coronel Nunes, vice-presidente da entidade, em documento que consolidou a sua eleição. Como último ato do seu mandato, o dirigente ainda anunciou a chegada do treinador italiano Carlo Ancelotti, depois de dois anos de uma novela que parecia interminável.
Logo em seguida, em 25 de maio, a liderança da CBF foi ocupada por Samir Xaud, filho do presidente da Federação de Roraima. “Iniciamos uma nova fase na Confederação Brasileira de Futebol. Nossa gestão, e faço questão de usar o plural, será marcada pela renovação das ideias e pela agregação de todos dispostos a contribuir efetivamente para desenvolvimento pleno do nosso esporte”, destacou o novo presidente, assim que assumiu o mandato.
A partir daí as mudanças aconteceram tanto dentro quanto fora de campo. Apesar de não empolgar, a equipe comandada pelo gringo virou mais sólida e organizada que em todo o ciclo pré-Copa, com 4 vitórias, 2 empates e 2 derrotas, sendo uma delas contra a Bolívia, em uma altitude de 4.150m. A maior melhora do time foi na defesa, com 5 gols sofridos em 8 jogos. “A história da última vitória da Seleção está focada na defesa. Um time com individualidade fantástica, que gostava do jogo... Lembro de 94, um time com dois volantes, muito fechado atrás e com Bebeto e Romário para fazer a diferença. Isso que penso para o Mundial”, lembrou o comandante italiano.
Longe das quatro linhas, a gestão de Samir Xaud já implementou mudanças importantes para o ano que vem. Além de ampliar o debate sobre melhorias na arbitragem, a CBF garantiu a tecnologia do impedimento semiautomático já para 2026. A próxima temporada também será diferente, com menos datas para os Estaduais e com o Brasileirão começando em janeiro.

Ednaldo cai fora
Após irregularidades financeiras e uma suposta fraude eleitoral, o baiano Ednaldo Rodrigues foi retirado do cargo de presidente da CBF. O ex-mandatário da Federação Bahiana de Futebol (FBF) teve várias denúncias expostas pela Revista Piauí no mês de abril, quando as críticas à sua gestão estavam no auge, depois de ter sido reeleito de forma unânime ao cargo, em 24 de março deste ano.
Samir tenta arrumar casa
Para o cargo aberto pela saída de Ednaldo, Samir Xaud, filho do presidente da Federação Roraimense de Futebol, foi eleito como novo mandatário da CBF. O dirigente já propôs mudanças, como a implantação do impedimento semiautomático, o fair-play financeiro e alterações no calendário, com o Brasileirão começando em janeiro, menos datas para Estaduais e final da Copa do Brasil em jogo único.

Ancelotti vem pro Brasil
Depois de uma enorme novela que durou dois anos, o italiano multicampeão Carlo Ancelotti se tornou treinador da Seleção Brasileira. Após trabalhos ruins de Ramon Menezes, Fernando Diniz e Dorival Júnior - demitido neste ano - o gringo foi melhorando a equipe, mas ainda não tem a lista de convocados para Mundial definida. Em oito jogos, o Brasil venceu quatro, empatou dois e perdeu dois.
Mulherada faz bonito
País sede da próxima Copa do Mundo em 2027, o Brasil fez bonito no futebol feminino neste ano. As brasileiras ganharam a Copa América pela nona vez, com vitória nos pênaltis contra a rival Colômbia na decisão, depois de um eletrizante 4 a 4. Em amistosos, a Seleção bateu algumas das melhores equipes do mundo, como Estados Unidos e Inglaterra, além de vitórias contra europeias Itália e Portugal.

Base entre altos e baixos
O Brasil teve um ano de altos e baixos na base. No Mundial sub-20, treinados por Ramon Menezes, os brasileiros caíram ainda na fase de grupos, com apenas um empate contra o México, o que culminou na demissão do ex-jogador do Vitória. Porém, na Copa do Mundo sub-17, liderados por Dell e Ruan Pablo, da base do Bahia, a Seleção bateu nas semifinais, sendo eliminada para Portugal.
Rumo à Copa
Após passar um relativo sufoco, o Brasil se classificou para a Copa do Mundo do ano que vem, que será disputada nos Estados Unidos, México e Canadá. O grupo da Seleção já está definido e terá Marrocos, Escócia e Haiti. Desde o fim das Eliminatórias, a Canarinha goleou a Coreia do Sul por 5 a 0, perdeu de virada pro Japão por 3 a 2, bateu Senegal por 2 a 0 e empatou com a Tunísia por 1 a 1.
*Sob a supervisão do editor Léo Santana
