O ano de 2025 deixou um gosto agridoce para o torcedor do Bahia. A temporada terminou com dois títulos, algo que não acontecia há 24 anos; a melhor campanha do clube na história dos pontos corridos do Brasileirão; dois jogadores convocados para a Seleção e glórias no futebol feminino e na base do Esquadrão. Porém, ao mesmo tempo, a sensação é de que os voos poderiam ser ainda maiores, principalmente pelas formas que caiu da Libertadores, Copa do Brasil, Sul-Americana e como terminou a Série A na 7ª colocação, voltando à pré-Libertadores.
Depois de um 2024 em que saiu com as mãos abanando, este ano encerrou com uma dobradinha, com as conquistas dos títulos do Campeonato Baiano e da Copa do Nordeste, o que não ocorria desde 2001. No Estadual, em que novamente começou com a equipe sub-20, o Bahia levou o seu 51º troféu, em cima do Vitória, com um 2 a 0 imponente na partida de ida na Arena Fonte Nova, e empate por 1 a 1 na volta, disputada no Barradão, vingando o Baianão do ano anterior.
Na ‘Lampions’, o desempenho foi ainda mais dominante, sendo a melhor campanha da história da competição regional, com 84,8% de aproveitamento, em nove vitórias, um empate e uma derrota. Depois de ter avançado contra Fortaleza e Ceará, os dois jogos eliminatórios mais difíceis do torneio, o Esquadrão não deu nem chances para o Confiança nas duas finais, goleando tanto em Aracaju, por 4 a 1, quanto em Salvador, por 5 a 0.
Já no Brasileirão, a campanha foi mais consistente que a do ano anterior, com o Esquadrão frequentando o G-6 em 25 de 38 rodadas. Com 60 pontos, foi a maior pontuação de um clube baiano nos pontos corridos da Série A.
Pra completar a boa temporada, depois de 34 anos, o Tricolor de Aço voltou a ter atletas convocados na Seleção Brasileira, com as idas de Jean Lucas e Luciano Juba à equipe de Ancelotti.
Apesar destas conquistas, o ano teve também uma coleção de insucessos, todos em jogos fora de casa. Na Libertadores, depois de boa campanha na fase prévia e chegando a ser líder de seu grupo, o Bahia perdeu os últimos três jogos e caiu fora da competição, indo para a Copa Sul-Americana, onde logo de cara foi eliminado nos playoffs para o América de Cali-COL.
Na Copa do Brasil e no Brasileirão, o algoz foi o Fluminense, que tirou o Esquadrão do torneio nacional nas quartas de final e ficou com a quinta vaga direta para a fase de grupos da próxima ‘Liberta’ via Série A. “De bom ficam os dois títulos, o regional e o estadual. Também a experiência na pré-Libertadores, com a classificação. Na Libertadores não conseguimos a classificação. Na Copa do Brasil, caímos em um jogo bem ruim que fizemos. E o Campeonato Brasileiro lutamos até a última oportunidade”, sintetizou Rogério Ceni, treinador do Esquadrão, sobre desempenhos da temporada tricolor.
Jean e Juba na Amarelinha
Depois de 34 anos sem representantes na Seleção, o Bahia voltou a ter atletas convocados pelo Brasil em 2025. Em 27 de agosto, Jean Lucas foi chamado pelo comandante italiano Carlo Ancelotti para substituir Joelinton, que havia sido cortado por lesão. Meses depois, em 3 de novembro, foi a vez do lateral-esquerdo Luciano Juba ser chamado para disputar dois amistosos com a Amarelinha.
Dobradinha de títulos
Pela primeira vez desde 2001, o Bahia fechou a temporada com dois títulos conquistados. Com gol de Kayky aos 53 minutos do segundo tempo, o Tricolor segurou o 1 a 1 com o Vitória no Barradão e ergueu seu 51º título estadual, por ter vencido a ida por 2 a 0, na Arena Fonte Nova. Já na Copa do Nordeste, o penta veio com duas goleadas nas decisões contra o Confiança, sendo 4 a 1 na ida e 5 a 0 na volta.
Libertadores e recorde no BR
Depois de eliminar The Strongest e Boston River na pré-Libertadores, o Bahia retornou à Libertadores em 2025, após 36 anos. Na fase de grupos, o Tricolor caiu no “Grupo da Morte”, com Inter, Atlético Nacional e Nacional-URU, em que chegou a ser líder, mas acabou eliminado. No Brasileirão, o Esquadrão obteve a sua melhor campanha na era dos pontos corridos, com 60 pontos somados, na 7ª posição.
Pivetes de Aço brocam
O processo de formação de jogadores do Bahia deu um grande salto neste ano. Na Copa do Mundo sub-17, Dell e Ruan Pablo foram dois grandes destaques do Brasil no torneio, sendo os artilheiros da equipe na disputa. No Baianão sub-20, o Esquadrãozinho chegou à conquista do heptacampeonato consecutivo e a tendência é que a base tricolor evolua ainda mais com a construção do novo CT.
Mulherada faz história
A temporada do futebol feminino do Bahia foi histórica. Pela primeira vez, as Mulheres de Aço chegaram nas quartas de final da Séria A1 do Brasileirão, quando foram eliminadas para o Corinthians, que levou o título. Já na Copa do Brasil, as tricolores foram ainda mais longe, caindo nas semifinais para a Ferroviária-SP, enquanto no Estadual, com o Ba-Vi na decisão, o Esquadrão levou o hexa.
Nação segue dando show
Mais uma vez, a nação tricolor fez bonito nas arquibancadas. Ao longo dos 42 jogos disputados na Arena Fonte Nova, a média de público foi de 34.944 pessoas no estádio, com mais de 1 milhão de torcedores presentes em toda a temporada. Na Série A, a média foi de 38.160 pessoas presentes por jogo, em um total de 725.039 torcedores, sendo a 4ª maior média do Brasileirão de 2025.
*Sob a supervisão do editor Léo Santana
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