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Precisa melhorar! - 30/12/2024, 07:30 - Pedro Carreiro*

Retrô 2024: Seleção Brasileira tem ano nada empolgante

Brasil até passa por reformulação e traz novas esperanças, mas pouco cresce

Renovação ainda não funcionou como Dorival Júnior queria
Renovação ainda não funcionou como Dorival Júnior queria |  Foto: Rafael Ribeiro / CBF

Marcado pelo início da ‘Era Dorival Júnior’, o ano de 2024 da Seleção Brasileira não foi dos mais empolgantes para os torcedores. O começo até que foi animador, com uma vitória por 1 a 0 sobre a Inglaterra, em Wembley, e um emocionante empate em 3 a 3 com a Espanha, no Santiago Bernabéu, ambos em amistosos. No entanto, o entusiasmo inicial deu lugar às frustrações, com atuações abaixo do esperado na Copa América e um desempenho apenas razoável nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026.

Apesar do futebol pouco vistoso apresentado ao longo desta temporada, o aproveitamento da Amarelinha foi melhor em comparação a 2023. Em 14 partidas disputadas em 2024, entre competições e amistosos, o Brasil alcançou 57% de aproveitamento (6 vitórias, 6 empates e 2 derrotas). No ano passado, em 9 jogos, a Seleção teve apenas 37% de aproveitamento (2 vitórias, 1 empate e 6 derrotas).

As expectativas para a disputa da Copa América, realizada entre junho e julho nos Estados Unidos, não era das mais altas, mas ainda assim decepcionou. A Canarinha terminou a fase de grupos em 2º lugar, após somar apenas 5 pontos contra Colômbia, Costa Rica e Paraguai, único adversário que venceu por 4 a 1. A eliminação veio logo na primeira fase do mata-mata, ao empatar sem gols com o Uruguai no tempo normal e perder por 4 a 2 nos pênaltis, com Militão e Douglas Luiz desperdiçando suas cobranças.

“É natural que muitas coisas aconteceram na competição, não fizemos jogos de um ótimo nível tecnicamente falando, mas também não descarto nenhuma das partidas, houve entrega, espírito de luta, a equipe nunca deixou de ir atrás do resultado, foi uma equipe valente sempre, tivemos coisas muito mais positivas que negativas neste processo”, avaliou o técnico Dorival Júnior sobre o desempenho do Brasil na Copa América.

No segundo semestre do ano, a Seleção disputou seis partidas pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026 e obteve um aproveitamento de 61% (3V, 2E e 1D). Os triunfos vieram contra Equador (1 a 0), Chile (2 a 1) e Peru (4 a 0). Já os empates, ambos por 1 a 1, foram contra Venezuela e Uruguai, enquanto a única derrota foi para o Paraguai, por 1 a 0. O desempenho deixou o Brasil na 5ª posição, com 18 pontos.

“Estamos buscando uma melhora e ela vem acontecendo. Isso é muito claro. A equipe vem acreditando. Precisa ainda de um equilíbrio maior, mas nós tivemos coisas boas ao longo do ano, muito mais do que coisas negativas. Resultados podem encobrir tudo isso e, mesmo que fosse o contrário, eu estaria com pés no chão porque sei que ainda precisamos de muito. Não tenho receio em afirmar, por tudo, que a confiança é grande que daqui a pouco vamos deslanchar”, projetou o comandante da Amarelinha.

Ednaldo no poder da CBF

O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, iniciou o ano afastado por decisão de José Perdiz, do STJD, mas em 4 de janeiro, Gilmar Mendes, ministro do STF, concedeu liminar que o recolocou no cargo. Todo o imbróglio se deu por possíveis irregularidades na eleição do baiano. Em outubro, o STF deveria julgar o processo, mas o plenário adiou a decisão quanto ao futuro da gestão para 2025.

Jogo na capital baiana acabou empatado
Jogo na capital baiana acabou empatado | Foto: Rafael Ribeiro / CBF

Jogo em Salvador e antirracismo

O duelo entre Brasil e Uruguai, disputado em novembro, na Arena Fonte Nova, pelas Eliminatórias, foi um marco no combate ao racismo nos estádios do país. A CBF implementou o Gesto Antirracismo da Fifa, onde um jogador cruza os braços no peito para informar ao árbitro sobre um ato de racismo e paralisar a partida. Após o confronto, o protocolo foi adotado nas competições nacionais.

Mulherada conquistou medalha histórica em Paris
Mulherada conquistou medalha histórica em Paris | Foto: Rafael Ribeiro / CBF

Super prata olímpica

No primeiro ano de trabalho do técnico Arthur Elias, a Seleção feminina superou as expectativas e conquistou a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Paris. Após passar pela fase de grupos no sufoco, eliminou as favoritas França e Espanha no mata-mata e, na final, perdeu por 1 a 0 para os Estados Unidos. No começo do ano, a Amarelinha também ficou com o vice-campeonato da Copa Ouro.

Base feminina manda mal

As Seleções de base femininas deixaram a desejar. A equipe Canarinha até começou bem na Copa do Mundo sub-20, disputada na Colômbia, teve 100% de aproveitamento na fase de grupos, bateu Camarões por 3 a 1 nas oitavas, mas, nas quartas, perdeu de 1 a 0 para a Coreia do Norte e foi eliminada. No Mundial sub-17, disputado na República Dominicana, o Brasil sequer passou da fase de grupos.

Meninos não têm brilho

As Seleções de base masculinas tiveram um 2024 sem grandes competições. O principal objetivo era a classificação para os Jogos Olímpicos com a equipe sub-23, mas o time comandado por Ramón Menezes não teve um bom desempenho no Pré-Olímpico, realizado em fevereiro, e não conquistou a vaga. Foi a primeira vez em 20 anos que o futebol masculino do Brasil ficou fora das Olimpíadas.

Dorival segue no comando

Após um começo de Eliminatórias catastrófico sob o comando de Fernando Diniz, a CBF anunciou logo no no dia 10 de janeiro, a contratação de Dorival Júnior para o cargo de treinador da Seleção. O técnico fez com que o Brasil melhorasse o aproveitamento e subisse na tabela das Eliminatórias, mas sem jogar um futebol vistoso. Além disso, a campanha na Copa América foi decepcionante.

*Sob a supervisão do editor Léo Santana

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