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Krav maga para as minas - 24/10/2022, 10:29 - Jefferson Domingos

Primeira instrutora baiana ensina defesa pessoal em Salvador

Luana Libório ressalta da importância do krav na proteção contra a violência às mulheres

Luana Libório, 32 anos, é habilitada pela Federação Sul-Americana
Luana Libório, 32 anos, é habilitada pela Federação Sul-Americana |  Foto: Arquivo Pessoal

Uma modalidade que, entre muitos benefícios, mostra às mulheres que elas têm condições de reagir a uma situação violenta. Esse é o krav maga, atividade de defesa pessoal baseada em movimentos de lutas e artes marciais. Nesse processo de transformação e representatividade, a Bahia ganhou a sua primeira instrutora mulher de krav: Luana Libório, 32 anos, habilitada pela Federação Sul-Americana.

Advogada especializada em ciências criminais, Luana sempre esteve a par dos dados, que ela ressalta como “absurdos”, sobre a violência doméstica contra as mulheres. Por isso, ressalta que aprender defesa pessoal é importante.

“Eu sou uma mulher de baixa estatura e sempre me senti extremamente vulnerável. O krav maga me dá muito mais autoconfiança para o dia a dia. Ando sempre muito atenta nas ruas. Infelizmente, a violência está aí comprovada nos dados e eu não quero que ninguém seja mais um número nas estatísticas. Observo a defesa pessoal como uma necessidade frente à violência urbana e doméstica”, destaca Luana em entrevista ao MASSA!.

A instrutora conta que, de fato, muitas mulheres procuram conhecer a luta com o objetivo de aprender a se defender da criminalidade ou agressões domésticas. “Para mim, o krav maga é uma filosofia de vida e eu quero muito poder passar isso para os meus alunos. É sobre sermos pessoas melhores para nós e para o mundo. O tatame para mim é um lugar mágico, despido de preconceitos, onde conseguimos deixar de lado por um tempo a ansiedade do cotidiano. Sem deixar de mencionar os efeitos positivos da atividade física na vida de qualquer ser humano”.

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Foto: Arquivo Pessoal

A atleta lembra que conheceu a prática ainda na faculdade de direito. “Meu amigo Ramon, que treinava na rua onde eu morava, sempre comentava o quanto o krav maga era 'a minha cara'. Certo dia, encontrei com ele saindo da academia e não pensei duas vezes. Fiz uma aula experimental, apaixonei pelo universo do krav maga e cá estou após mais de oito anos”.

Luana Libório está iniciando as suas turmas em Stella Maris, Costa Azul e Piatã. Quem estiver interessado, pode entrar em contato pelas redes sociais no Instagram (@kravmagastella; @kravmagapiata; @kravmagacostaazul; @luanabliborio), pelo site www.kravmaga.com.br, ou pelo telefone (71) 99252-5884. A instrutora deixa uma dica massa para a mulher que pensar em aprender o krav maga: “Apenas comece”.

“Me sinto segura com o krav maga”

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Foto: Arquivo Pessoal

A bibliotecária Lucidalva Pinheiro Perrone, 53 anos, treina krav maga há quatro anos e afirma que, além da melhora da capacidade física e de concentração, se sente mais segura. Inclusive, lembra de um episódio difícil da época em que não treinava. “Fui assaltada, tive uma arma apontada pra minha cabeça por conta de um iPhone.

Passei por uma situação muito difícil porque o os bandidos queriam que eu tirasse o localizador e eu estava com o celular pouco tempo e não sabia fazer isso, mas graças a Deus consegui me livrar”, recorda-se Lucidalva, que garante que, se já estivesse treinando o krav maga naquela época, com certeza teria postura para reagir de outra forma. “Com certeza não teria sido vítima tão fácil dessas pessoas. Eu não teria passado pelo sufoco que passei porque conseguiria antever os problemas que estavam ao meu redor. E, com certeza, o krav maga me ajudaria a não passar por essa situação, que não é fácil de lidar”, afirma.

Lucidalva ainda disse que recomenda o krav maga para todas as pessoas interessadas em aprender alguma modalidade de defesa pessoal. “Eu acho que é a atividade de defesa pessoal mais completa, né? Em termos de técnica mesmo. Hoje me sinto muito mais segura e procuro disseminar a arte de defesa pessoal para as pessoas que estão ao meu redor”, completa.

Sentido muito mais apurado

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Foto: Arquivo Pessoal

A jornalista e servidora pública Iali Moradillo, de 38 anos, treina kav maga há seis anos, período em que evoluiu a habilidade de compreender tudo o que está acontecendo ao redor. Ela explica que não é uma questão de reação, mas que esse tipo de sensibilidade pode ajudar a mulher a evitar uma agressão antes que ela aconteça.

“Hoje em dia eu me sinto muito mais segura. Principalmente pela forma de atenção, de andar na rua. Desde que eu comecei a treinar, já vejo alguma potencial situação e evito. Também eu já penso como reagir se acontecer. Então muda a forma de pensar além de mudar a forma de prestar atenção no ambiente”, explica a atleta.

“No passado sofri ataque sim, que com certeza se eu tivesse treinando, talvez nem tivesse acontecido. Mas eu saberia sim como reagir. Recomendo o krav maga pra qualquer pessoa que queira aprender defesa pessoal, especialmente para mulheres e crianças porque somos mais vulneráveis, né? Então eu acho que é essencial a gente aprender a se defender”, completa a praticante da modalidade.

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