Um fato nada habitual aconteceu após o empate em 1 a 1 do Botafogo com o Defensa y Justicia, nesta quarta-feira (25), partida de ida das quartas de final da Copa Sul-Americana. A entrevista coletiva do time argentino não teve nenhuma pergunta feita pela imprensa.
O técnico Julio Vaccari e o meio-campista Nicolás Tripichio foram até a sala de imprensa para aguardarem as perguntas, mas nenhum jornalista fez questionamentos aos argentinos.
Como a imprensa da Argentina não enviou nenhum repórter para Rio de Janeiro (RJ), o jogador e o treinador logo perceberam que não houve interesse em entrevistá-los, então eles levantaram e Vaccari despediu-se com um "boa noite".
Por protocolo da Conmebol nas competições sul-americanas, sempre o treinador e um atleta devem dar entrevista coletiva após os jogos. O mais habitual é o clube visitante ir primeiro à sala de imprensa, depois o mandante.
O programa Seleção Sportv, apresentado por André Rizek, repercutiu o episódio e fez críticas ao trabalho dos profissionais presentes na sala de imprensa.
"Que vergonha, viu? Não sei quantas pessoas estavam lá, mas vai… É um desrespeito danado. Você é um profissional, tem contato com a imprensa, aí não há nenhum interesse. Eu na minha vida de repórter já passei por situação de não ter o que perguntar, mas se está a pessoa na frente, por questão de empatia, o respeito é você conversar com ela", lamentou o comentarista Sérgio Xavier Filho.
"Às vezes a pessoa sai para fazer a zona mista… Primeiro, a imprensa argentina não mandou nenhum representante, tem este ponto. E aí, pô, se eu estou lá, faço uma pergunta. Até porque eles têm coisas a dizer. Não seria nem só para evitar constrangimento, mas porque têm coisas a dizer ali", completou o comentarista Alexandre Lozetti.
leia também