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Espor - 29/05/2023, 15:10 - Silvânia Nascimento

Pedra que ronca: Projeto social deixa tardes em Itapuã mais belas

Iniciativa na antiga Rua K leva garotada à prática de canoa polinésia e Stand Up Paddle

Aulas acontecem às terças, quintas e sábados, com a coordenação de Edilson Rocha
Aulas acontecem às terças, quintas e sábados, com a coordenação de Edilson Rocha |  Foto: Denisse Salazar / Ag. A TARDE

Quem resolve “passar uma (manhã ou) tarde em Itapuã”, como diria a letra da música de Toquinho e Vinicius de Moraes, mais precisamente na antiga Rua K, às terças, quintas ou sábados, além de apreciar toda beleza citada nos versos da famosa canção, tem a oportunidade de ver de perto um grupo de crianças e adolescentes, com idades entre 6 e 17 anos, praticando aulas de canoa polinésia e Stand Up Paddle (SUP). É no mar de uma das praias mais bonitas de Salvador que, há nove anos, o projeto Pedra que Ronca, tem formado e descoberto atletas amadores que, mesmo tão jovens, já conseguem identificar os inúmeros benefícios promovidos pela prática esportiva.

De modo geral, a maioria dos alunos do projeto compartilha das mesmas dificuldades quando está praticando os esportes. Até aqueles que já possuem uma intimidade maior com as modalidades precisam ter o domínio de técnicas fundamentais para conseguir se deslocar na água.

É o caso de Amanda Lima, de 11 anos, aluna do projeto e bicampeã baiana de SUP, na categoria kids. Em cima da prancha e apoiada com um remo, a garota demonstra muita eficiência e, aparentemente, facilidade em conduzir as remadas entre o vai e vem do mar. Mas, por trás disso, há também alguns obstáculos que ela e os colegas precisam enfrentar.

“Eu gosto muito disso aqui, mas quando saio do mar tem o cansaço. Quando estou lá [no mar], para mim, o mais difícil é manter o equilíbrio e a força”, destacou Amanda ao MASSA!.

A iniciativa social é coordenada e custeada por Edilson Rocha, idealizador e professor do projeto. “Eu e um colega tínhamos dois stand up paddle e resolvemos montar um clube para dar aula. Mas com um tempo, fomos percebendo a carência que as crianças, aqui de Itapuã, tinham em relação ao esporte. E foi assim que surgiu o projeto Pedra que Ronca. Começamos com três crianças, já chegamos a 40 alunos e hoje temos 28”, detalhou o orgulhoso professor ao explicar como iniciou com o projeto.

Amanda Lima, de 11 anos, dá um verdadeiro show no projeto
Amanda Lima, de 11 anos, dá um verdadeiro show no projeto | Foto: Denisse Salazar / Ag. A TARDE

Educação ambiental e ajuda

As atividades desenvolvidas pela iniciativa não se resumem apenas às duas modalidades esportivas, mas também ao respeito e cuidado com o meio ambiente. Afinal, é na areia e no mar que eles começam a dar os primeiros passos para a carreira de atletas. Sendo assim, nas aulas teóricas, o grupo recebe também orientações sobre descartes corretos de lixos. Esse trabalho de esporte e cidadania tem mudado a vida de várias crianças e adolescentes de Itapuã e bairros vizinhos. E, para que ele continue firme nessa missão, precisa arcar com custos de itens como: coletes, remo, pranchas, dentre outros. Interessados em contribuir de alguma forma podem deixar uma mensagem no perfil do Instagram da iniciativa, por meio do @projetopedraqueronca.

Crianças e também adolescentes de 6 a 17 anos têm diversos benefícios com a boa ação
Crianças e também adolescentes de 6 a 17 anos têm diversos benefícios com a boa ação | Foto: Denisse Salazar / Ag. A TARDE

Bom rendimento escolar e respeito

Além de todo preparo técnico promovido pelo projeto, mais importante é atuar com a formação dessas crianças e jovens, contribuindo para que sigam o caminho do bem. Por isso, para ser aluno do Pedra do Ronca, não basta apenas se identificar com a canoa e o SUP. Ser obediente aos pais e responsáveis, ter bom rendimento escolar e demonstrar respeito aos mais velhos e colegas são requisitos obrigatórios para ingressar no projeto.

“Para fazer parte do projeto tem que estar matriculado de preferência na rede pública de ensino, com boas notas, bom comportamento em casa e frequência no projeto. Dessa forma evitamos que fiquem na ociosidade”, disse o coordenador Jailton.

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