O ano do Tricolor começou cheio de expectativas por parte dos torcedores, que esperavam conquistas de títulos e grandes contratações. Um dos primeiros nomes anunciados na era ‘Bahia City’ foi o goleiro Marcos Felipe, 26 anos, que estava no Fluminense. O atleta chegou para ser o camisa 1 do Esquadrão, pois na temporada passada a equipe havia sofrido com atuações irregulares dos arqueiros.
Logo de cara, o paredão agarrou a oportunidade e desde o primeiro jogo de 2023 assumiu o posto de titular. Na estreia, a saída com os pés chamou atenção de quem estava em Pituaçu acompanhando o triunfo por 3 a 1 contra a Juazeirense, no Baianão. No entanto, em alguns momentos, ele foi criticado pela forma de jogar, principalmente depois de falhar na derrota por 1 a 0 contra o Sampaio Correia, pelo Nordestão.
O arqueiro continuou trabalhando para mostrar seu valor, e foi ganhando destaque com os belos lançamentos feitos para os atacantes e, claro, fazendo grandes defesas para salvar o Esquadrão de levar gols em jogos importantes, até conquistar o Campeonato Baiano 2023. Na atual temporada, Marcos Felipe já disputou 20 partidas e pretende entrar em campo com a camisa tricolor em todos os jogos possíveis do Campeonato Brasileiro.
A equipe do MASSA! conversou com o paredão tricolor em uma entrevista exclusiva onde ele analisou o bom momento que vive na carreira, exaltou a torcida do Bahia e projetou o futuro do clube na temporada. Confira o bate-papo completo:
Qual a sensação de conquistar um título logo nos primeiros meses com a camisa do Bahia?
Marcos Felipe - Sensação é a melhor possível. Isso traz mais confiança, fico muito feliz de poder estar fazendo parte desse momento.
Você foi fundamental em alguns jogos por ter um estilo de posicionamento diferenciado. Comente um pouco sobre essa característica sua.
MF - O futebol tem mudado. Hoje o goleiro precisa jogar um pouco mais adiantado, fazer o controle de profundidade, saber jogar com os pés, tudo isso tem sido fundamental num sistema de jogo, por isso estamos trabalhando cada dia mais para melhorar em todos os aspectos.
Você saiu do antigo clube, pois estava tendo poucos minutos em campo. No Bahia, você chegou e se firmou na posição. Acredita que conquistou a confiança da torcida e da comissão técnica com seu desempenho?
MF - Acredito que tenho feito sim um bom trabalho, são bastante coisas positivas, mas sigo trabalhando com muita humildade.
O Tricolor segue vivo em duas competições: Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro. Quais são as expectativas para a sequência da temporada?
MF - A expectativa é de fazermos duas competições com consistência, sermos os mais regulares possíveis. Sabemos da qualidade das equipes, mas nossa equipe está se fortalecendo cada vez mais.
A torcida do Bahia lotou a Fonte Nova em várias partidas este ano. Você já tinha jogado em algum clube onde o torcedor é tão apaixonado e exigente?
MF - Já tive oportunidade sim [jogar em times de grande torcida], mas acredito que a torcida do Bahia tem um jeito apaixonado de ser, são diferentes.
A equipe começou muito bem a temporada e depois teve uma pequena queda de rendimento. No entanto, nos últimos jogos, o Tricolor voltou a jogar bem e vencer. Você acredita que esse título estadual dá uma moral para que o bom desempenho e os resultados dentro de campo continuem acontecendo?
MF - Acredito que tudo contribui, uma fase que nós passamos não pode definir o que nós somos.
O Esquadrão conquistou o Campeonato Baiano de forma invicta jogando na Arena Fonte Nova. Qual o seu sentimento de ter entrado para a história do clube?
MF - Entrar para história do clube é algo marcante, o Bahia é clube enorme, onde já passaram vários craques, e fazer parte disso não tem preço.
Diz o ditado que toda boa equipe começa com um bom goleiro. Podemos dizer o que do Tricolor?
MF - Sim, o Tricolor baiano está bem servido de goleiros.
*Sob a supervisão do editor Léo Santana