O anúncio de que o Bahia viraria um SAF e que o comprador seria o conglomerado do grupo City deixou o torcedor tricolor animado e esperançoso de um futuro em que o time voltasse a ganhar espaço no cenário nacional de forma positiva e apresentando um futebol convincente.
Entretanto, após as contratações no mínimo questionáveis e o futebol pouco empolgante, incluindo goleadas sofridas para Fortaleza e Sport, o desconfiômetro do torcedor foi subindo. A gota d'água ocorreu após o empate deste domingo no Ba-Vi que deixou a equipe em situação complicada na Copa do Nordeste, e com chances remotas de se classificar para a próxima fase.
Durante entrevista coletiva, a torcida não gostou nada do que ouviu do técnico Renato Paiva, e começa a entender que as pretensões do que o torcedor espera e do que realmente é o planejamento do clube na temporada podem podem não estar em sintonia.
Ainda sonhando com reforços de 'peso' e diferenciados, Paiva tratou de dar um 'banho de água fria' nos mais animados. "Quando falo de jogador diferenciado, o Messi é diferenciado, Cristiano Rolando é diferenciado. Mas falo diferenciado para a realidade daqui. Ou o Bahia está esperando que vai trazer o De Bruyne? São diferenciado para essa realidade. Para mim, Cauly e Yago são diferenciados. As pessoas confundem a história do clube com o momento atual. O Bahia acabou de subir da Série B", afirmou o treinador.
A frase não foi muito bem 'digerida' pelos torcedores, uma vez que Yago, apesar de ter uma passagem razoável pelo Fluminense, nunca foi um jogador considerado diferenciado no futebol brasileiro e Cauly é um mero desconhecido da torcida e precisa de mais do que uma ou duas partidas boas pra de fato mostrar que é um diferencial para o Tricolor.
Esqueçam Libertadores
Com algumas edições do Campeonato Brasileiro classificando até sete times para a Libertadores, não deveria ser um sonho distante imaginar que com as peças corretas o Esquadrão poderia chegar lá, correto? Errado, já que Paiva afirmou que o time irá se contentar com uma vaga em uma competição internacional. Mas com o objetivo de se manter na Série A.
"(Jogadores vão chegar) dento da realidade que uma equipe que vai lutar pela manutenção e tentar chegar a uma competição internacional. Objetivo do Bahia: manutenção e tentar chegar a uma competição internacional. Se espera chegar alguma bomba, acho muito difícil. Em outra coletiva, disse: isso e o Grupo City, não é o Manchester City".
Ok, tudo bem que o Bahia não é o Manchester City. Mas a principal bronca é que a maioria das contratações ou são jogadores que não deram certo em outros time do Grupo, a exemplo de Diego Rosa e Kayky, ou eram reservas em seus times na Série A, como Kanu e Raul Gustavo.
Ainda sobre os jogadores que possam ser referência, Paiva ressaltou. "Os jogadores diferenciados que procuramos são os jogadores experientes, com qualidade, que tenham experiência de Série A, porque essa equipe praticamente não tem experiência de Série A. O elenco foi montado dessa forma e tem que ser com o tempo. É isso que os senhores do City vão falar. Os jogadores diferenciados são esses".
Ou seja, coloquem as 'barbas de molho', mais reservas de times da Série A devem pintar por aqui, e o que era pra ser o início de um sonho, pode se transformar em dor de cabeça para a torcida tricolor.
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