Famoso pelos rolês aleatórios, Ronaldinho Gaúcho tem mais uma visita estranha com tema esquisito agendada para esta terça-feira (22). Ele é esperado no Congresso, em Brasília, para depor na CPI das Criptomoedas. Até tentou não comparecer à oitiva, mas teve o pedido negado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Apesar da obrigatoriedade do compromisso, o STF concedeu parcialmente um habeas corpus a Dinho, que poderá ficar calado diante dos questionamentos dos parlamentares.
Segundo a coluna de Lauro Jardim no O Globo, Ronaldinho havia sido convocado a depor após ser apontado como fundador da empresa 18k, alvo de investigações por suspeita de pirâmide financeira.
Na decisão, Edson Fachin afirma que os documentos não esclarecem se o ex-atleta foi chamado na condição de investigado ou testemunha, motivo pelo qual "deve-se privilegiar a presunção de constitucionalidade da atuação congressual". O ministro do STF deu aval para que o jogador possa ser assistido por seus advogados e não sofra constrangimentos.
A defesa nega qualquer participação societária na companhia e sustentam que Ronaldinho é vítima da 18k, que usou seu nome e imagem de forma indevida, sem autorização. Também alega que ele não se envolveu com esquemas de fraudes, conforme sugerido por membros da CPI.
Os advogados afirmaram que o ex-atleta sofrerá " irreparável constrangimento ilegal por ato arbitrário e ilegal". Na petição, a defesa lembra que neste mês André Mendonça concedeu HCs a outros três convocados famosos: Tatá Werneck, Cauã Reymond e Marcelo Tas.
Irmão de Ronaldinho, Assis também deverá depor ao colegiado. Em linha similar, o ministro Dias Toffoli decidiu não dispensá-lo da oitiva. O empresário e ex-jogador, porém, terá direito ao silêncio para não se incriminar e à assistência de advogados.