A Rainha Marta deu adeus a Copa do Mundo Feminina. A craque realizou, nesta quarta-feira (1º), a sua última partida na história da competição. Após empatar com a Jamaica pelo placar de 0 a 0, a Seleção Brasileira foi eliminada de forma precoce, ainda na fase de grupos.
"Marta acaba por aqui, estou grata pela oportunidade que tive, e muito contente com tudo isso que vem acontecendo com o futebol feminino do nosso Brasil e do Mundo. Para mim é o fim da linha agora, para elas só o começo", disse a atacante, em entrevista à TV Globo.
Marta lamentou a campanha ruim do time brasileiro, mas destacou o processo de renovação da Seleção. Segundo ela, apesar de não jogar mais em Mundiais, as outras jogadoras irão dar continuidade ao processo.
"É difícil falar. Não era, nos meus piores pesadelos, a Copa que sonhava. É só o começo. Povo brasileiro pedia renovação, está tendo a renovação, a única velha sou eu e talvez a Tamires perto de mim. A maioria do time é de meninas talentosas com caminho enorme pela frente. Termino aqui, mas elas continuam", indicou Marta.
A camisa 10 ainda fez uma análise sobre a partida e enfatizou o fato de só a Seleção ter buscado propor jogo, enquanto a Jamaica ficou mais postada no campo defensivo. Para a Rainha, a equipe deveria ter trabalhado as jogadas com mais calma.
"Sabíamos que elas chegariam dessa maneira. Faltou mais paciência para a gente, os números não mentem: só uma equipe queria jogar. Elas entraram para se defender e encontrar uma bola para a número 11. Essas horas precisa de paciência e manter a bola perto da área, porque qualquer deslize encontraríamos algo, coisas que poderiam ter acontecido. Agora é seguir em frente", comentou.
Marta também reforçou a confiança que tem no trabalho sendo feito na Seleção Brasileira e no futebol feminino no país. Para a atleta, a eliminação não muda o fato da equipe ser qualificada.
"Confio no trabalho feito, tenho total convicção se der continuidade vai dar certo. Temos que nos apegar às coisas positivas, os familiares, o apoio ao futebol feminino. Entramos como favoritas e não fizemos o suficiente para sair com a vitória. Temos talento, uma equipe forte, mas não deu certo hoje. Agora é levantar a cabeça. Elas têm chão pela frente e não pode jogar pedra no primeiro obstáculo que aparece", finalizou.
Aos 37 anos, Marta fez sua sexta participação em Mundiais. Com 17 gols, ela é a maior artilheira da história do torneio, entre homens e mulheres.