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Preocupante - 20/03/2024, 06:30 - Da Redação

Levantamento revela casos bizarros de assédio no futebol feminino

Dados foram levantados pelo GE, que revelou várias situações

Mulheres ligadas ao futebol, dentre elas, atletas, são assediadas constantemente no cenário
Mulheres ligadas ao futebol, dentre elas, atletas, são assediadas constantemente no cenário |  Foto: Reprodução/Internet

Em um levantamento realizado pelo GE, no qual 209 atletas espalhadas por clubes de todo o Brasil foram ouvidas, os dados de casos de assédio no futebol feminino assustam. Os números incluem atletas de todas as categorias do Campeonato Brasileiro Feminino - A1, A2 e A3.

Englobando todo tipo de assédio, seja moral ou sexual, mais da metade das atletas revelou que já foram vítimas. 52,1% das atletas responderam a pesquisa, afirmando que já foram assediadas, contra uma porcentagem de 47,8% que negaram terem passado por algo semelhante.

Os números se invertem quando o assunto é exclusivamente assédio sexual no futebol. Questionadas se já foram assediadas sexualmente dentro do ambiente esportivo, 53,2% das atletas responderam que não, contra 26,4% que revelaram ter sofrido. No entanto, 15,4% e 5%, respectivamente, alegaram não ter certeza, respondendo que "acho que não" e "acho que sim", para o assunto.

Essa dúvida ainda acontece, pois muitas mulheres podem ter uma percepção da palavra "assédio", quando aplicada somente às condutas mais graves, como de estupro. Quando o termo é apresentado com abrangências, as vítimas reconhecem episódios vividos ao longo da carreira.

Relatos chocantes

As agressões, que partem, na maioria das vezes, de homens em cargos superiores, trazem falas maldosas e nojentas. ""O preparador de goleiras disse que eu devia ser uma cavala sentando e que a buce***** devia ser bem branquinha", contou uma atleta, que foi assediada pelo preparador de goleiras da equipe em que jogava.

Enquanto tentava se transferir para outra equipe, uma outra atleta, de 23 anos, relatou que sofreu assédio do presidente do clube. Assim como ela, outras atletas relataram episódios semelhantes, envolvendo dirigentes dos clubes em que atuaram.

"Já passei por clubes onde o presidente era acusado de abuso e a comissão agredia verbalmente as atletas", contou uma. "O presidente do meu clube me chamou para ir ao motel", revelou outra.

Denúncia dos agressores

Os dados que mais preocupam são os números de atletas que não conseguiram superar esse trauma, e denunciar seus agressores, principalmente por medo de sofrer retaliações. São 85,3% de atletas que não denunciaram casos de assédio. As 14,7% de atletas que reagiram às agressões, foram, por muitas vezes, ameaçadas pelos agressores.

Uma atleta relatou um episódio que presenciou, com outra colega de elenco, vítima de assédio por conta do treinador da equipe. "Meu treinador chamava uma atleta no quarto e, se ela se recusasse, ele ameaçava contar para a família dela que ela era bissexual", revelou.

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