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Foco total! - 12/08/2024, 07:00 - Theo Fernandes*

Jovem baiano do wrestling está de olho na próxima Olimpíada

De Riachão do Jacuípe, Pedro Arapiraca quer trilhar caminho nos Jogos

Jovem já faz parte da seleção brasileira de wrestling sub-18
Jovem já faz parte da seleção brasileira de wrestling sub-18 |  Foto: Arquivo pessoal

Os Jogos Olímpicos da Antiguidade ocorriam na Grécia, entre os anos 776 a.C. e 393 d.C, até serem suspensos pelo imperador Teodósio I. Entre os esportes praticados, como corrida, arremesso de disco e salto em distância, estava a luta olímpica, também conhecida hoje em dia como wrestling e considerada um dos esportes mais antigos da humanidade. O estudante Pedro Arapiraca, nascido em Riachão do Jacuípe e criado em Feira de Santana, de apenas 16 anos, é um dos que fazem com que o esporte continue persistindo por mais de 15 mil anos.

O jovem baiano já praticou judô e jiu-jitsu, mas foi no wrestling que se encontrou. “Escolhi o caminho do wrestling porque eu me apaixonei completamente pela modalidade, foi a primeira vez que eu encontrei satisfação e felicidade em cada momento dentro do esporte, desde as aulas até o momento mais tenso de competição. Eu me sinto feliz durante todo o processo”, contou ao MASSA!.

Além da felicidade, Pedro também encontrou as medalhas: é tetracampeão dos Jogos Escolares Brasileiros e tem duas medalhas de bronze em campeonatos mundiais. O próximo passo da jornada já tem destino definido: a cidade de Mentor, em Ohio, nos Estados Unidos. É o local onde fica a Lake Catholic High School, escola em que Pedro conseguiu uma bolsa de 70% para estudar e treinar wrestling. “Além de ter uma estrutura incrível tanto na educação quanto no esporte, o técnico de wrestling se mostrou muito entusiasmado com meu potencial de superação, talento e a família que vai me receber lá foi muito carinhosa e atenciosa. Eu espero crescer muito nos EUA tanto como pessoa quanto como atleta. Acredito que vou desenvolver muito o meu wrestling com eles e vou aprender a ser mais independente, amadurecer e a lidar com os desafios da vida”, detalhou Arapiraca.

Nos Jogos de Paris 2024, o Brasil só teve uma representante no esporte: Giullia Penalber, na categoria até 57kg, que ficou em 5º lugar ontem e fez a melhor campanha brasileira na história do esporte em palcos olímpicos. Agora, o sonho de Pedro é fazer com que esse número aumente. “Os Jogos Olímpicos são a razão para todas as minhas loucuras, sacrifícios e abdicações. Sonho com isso desde os meus 3 anos de idade. Meu maior sonho é ser um grande atleta olímpico, trazer medalhas pro meu país e, após a minha carreira olímpica, desejo criar um projeto social para crianças que tenham o mesmo sonho que eu. Quero ajudá-las e apoiá-las do jeito que puder, mudar vidas através do esporte assim como o wrestling mudou a minha”, completou o atleta.

Conquistas já fazem parte da rotina do atleta
Conquistas já fazem parte da rotina do atleta | Foto: Arquivo pessoal

Recordes na modalidade

Um dos recordes olímpicos mais relevantes de todos os tempos foi estabelecido recentemente, nos Jogos de Paris, e vem do wrestling. O cubano Mijain Lopez, aos 41 anos, foi campeão da modalidade greco-romana na categoria até 130kg e se tornou o primeiro atleta a ser medalhista de ouro na mesma prova em cinco Olimpíadas diferentes. No feminino, uma marca importante também foi estabelecida na luta olímpica: Kaori Icho, japonesa que luta pela modalidade livre, se tornou em 2016 a primeira mulher a ter quatro medalhas de ouro em esporte individual.

“O recorde do Mijain é incrível e tenho muita admiração por ele. A Kaori Icho também foi incrível durante sua carreira olímpica e eu acredito que não é que o wrestling permite esses recordes, a verdade é que são pessoas fora da curva que conseguem se manter dominantes durante muito tempo, por esforço e muito talento. A idade é bastante determinante no wrestling, mas no estilo do Mijain Lopez, que é o estilo greco-romano, não exige tanto esforço físico e mobilidade, já que é proibido usar pernas”, explicou.

Garoto em luta
Garoto em luta | Foto: Arquivo pessoal

Ajuda de custos

Pedro Arapiraca faz parte da seleção brasileira de wrestling na categoria sub-18 e, mesmo antes de estrear na Olimpíada, já a tem marcada no corpo: os arcos olímpicos estão tatuados no seu peito.

Agora, ele está arrecadando doações de pessoas que queiram contribuir com seu sonho e também está em busca de patrocínios, uma vez que, mesmo com a bolsa de estudos para os Estados Unidos, os custos serão altos por lá. Para ajudar, a chave Pix de Pedro Arapiraca é o celular do jovem baiano (75) 99213-3553.

*Sob a supervisão do editor Léo Santana

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