
O coordenador esportivo do Santos, o ex-jogador Paulo Roberto Falcão, cobrou uma postura severa da Conmebol na investigação da denúncia apresentada pelo Santos sobre os casos de racismo envolvendo os jogadores Ângelo e Joaquim durante a partida contra o Audax Italiano, no Chile, disputada na última quarta-feira (24), pela Sul-Americana.
"Manifestação triste de racismo e que precisa ser combatida seriamente. Não é possível que a gente tenha tido no mundo a repercussão que tivemos com o caso do Vini Jr. e hoje as pessoas repetem isso aqui. Tem que ter punição" afirmou o dirigente do Santos em entrevista ao canal "De olho no Peixe".
Caso de racismo
Aos 32 minutos do segundo tempo, Ângelo foi substituído e deu lugar a Patati em campo. Quando se encaminhava ao banco de reservas, o atacante viu e ouviu as manifestações criminosas vinda das arquibancadas.
Com Joaquim, o racismo aconteceu já fora do campo em um espaço do 4º andar do estádio La Florida, palco da partida. Segundo o Santos, o local estava reservado apenas ao staff do clube brasileiros, mas torcedores do Audax Italiano tiveram acesso.
Logo após ouvir os relatos de seus atletas, a diretoria do clube paulista procurou o delegado da partida para registrar a ocorrência em súmula e agora aguarda um posicionamento formal da Conmebol.
"Isso depois de terem feito o que fizeram com o Vinicius Jr. lá (na Espanha). Para você ver que as coisas não param se não tiver medidas sérias. Alguém tem que parar com isso, depende muito das instituições, a gente reclama, a gente lamenta" desabafou Falcão.