Bronze nos 50m livre nos Jogos de Tóquio, o nadador Bruno Fratus decidiu não disputar as Olimpíadas de Paris. O atleta passou por uma cirurgia no joelho e, desde então, se dedica à recuperação e não se sente apto a participar da seletiva brasileira, que acontecerá entre os dias 6 e 11 de maio, no Rio de Janeiro.
"É uma decisão difícil, bem complicada, mas estou em paz com ela. Analisando o cenário, a competição, já não acredito mais que eu consiga estar em forma para disputar a prova, brigar pela medalha de ouro (nas Olimpíadas). Aí, para de fazer sentido", revelou Bruno, em entrevista ao GE.
Acompanhado da esposa e técnica, Michelle Lenhardt, Fratus, que treina nos Estados Unidos, veio até o Brasil para formalizar a decisão de não ir a Paris em conversas com o Comitê Olímpico do Brasil (COB).
Ele até pediu a dirigentes da natação brasileira uma chance de obter o índice olímpico dos 50m livre até 23 de junho, que é a data limite internacional, mas não foi atendido. "A CBDA entendeu que seria inviável, não seria conveniente com todos os critérios que foram estabelecidos já há algum tempo. Deixo claro que entendo completamente a justificativa. Realmente, é uma situação delicada, complicada. Não se pode pensar em um atleta sozinho, em uma situação isolada, sendo que você tem dezenas de atletas que vão brigar pela mesma vaga".
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Além do joelho, desde o fim de 2022, o nadador passou também por outras três cirurgias, todas no ombro direito. Problemas físicos e o tempo fora da água pesaram, como o próprio atleta escreveu nas redes sociais. "Eu treino desde os 11 anos de idade, e, depois de três ciclos olímpicos seguidos, sendo os dois últimos bem atípicos, meu corpo pediu para respirar".
O plano, no entanto, passa longe de aposentadoria. "Meu intuito não é parar. Inclusive, o plano original era ir a Paris e Los Angeles. Mas agora vou precisar ir a Brisbane (2032) para disputar cinco Olimpíadas", projetou.
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