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Raio-X - 15/04/2023, 17:19 - Vinicius Rebouças

Ídolos mandam real sobre desempenho do Bahia

Ex-craques estão otimistas e acreditam no elenco do Esquadrão, embora preguem cautela

Ueslei, Nadson, Emerson e Marcelo Ramos viveram glórias e dificuldades pelo Bahia
Ueslei, Nadson, Emerson e Marcelo Ramos viveram glórias e dificuldades pelo Bahia |  Foto: Montagem Jornal Massa! / Reprodução Redes Sociais

O pontapé inicial do Bahia na Série A está prestes a ser dado. Após embarcar num esquema "bate e volta" na segunda divisão, o tricolor vive momento de reformulação para consolidar a SAF com o grupo City. A missão é manter-se na elite do futebol e alcançar um patamar acima do que esteve nos últimos anos. Para isso, é preciso tempo e trabalho.

O tropeço na Copa do Nordeste e o 50º título estadual na sequência, mostram como o Esquadrão ainda oscila nessa nova fase. Para entender esse momento e os rumos que o time poderá seguir, o Jornal Massa! procurou os ídolos do clube. Craques que entendem do riscado e do peso do manto. Sem papas na língua, relevaram a expectativa deles para esse Brasileirão 2023.

O mais otimista entre os ex-craques é Uéslei. Bicampeão baiano (1998 e 1999), o "Pitbull" é o quarto maior artilheiro da história do clube com 140 gols marcados. "Eu tô aqui na torcida para que o Bahia possa iniciar bem o campeonato, faça uma campanha sólida e que possa conquistar o que está almejando", disse o ex-atacante. Sobre os altos e baixos na temporada, o artilheiro sai pela tangente. "O importante é que daqui para frente o Bahia faça um campeonato sólido".

Quem entra no mérito, com categoria, é o ex-atacante Nadson. Criado no terrão do rival, onde é ídolo, brigou por lá em 2009 e recebeu guarida no tricolor. "Eu acompanho o Bahia também. Sempre acompanhei", carteirou logo. É verdade. Viveu tempos de crise no Fazendão e marcou o gol que livrou o time da terceirona naquela temporada. Na fé da moral que tem com a torcida, largou o doce. "Não foi bem na Copa do Nordeste e chegou às finais do Baiano com muita dificuldade também. Houve erros de arbitragem e foi beneficiado, coisa que jamais deveria acontecer".

A opinião forte converge com a de outro ex-craque: Emerson Ferretti. Para ele, esses problemas fizeram o time comandado por Ricardo Paiva entrar em uma fase mudança. "As derrotas contra Sport e Fortaleza marcaram muito. Serviram de lição tanto para jogadores como para treinadores".

O maior arqueiro a defender o tricolor (266 jogos) acredita que as goleadas sofridas "expuseram a fragilidade" da equipe. A chegada de reforços foi a providência tomada pela diretoria. "O grupo foi reforçado, mas não sabemos se é o suficiente", enfatiza.

Ainda assim para Nadgol o elenco atual do Bahia é "gigante, com uma qualidade muito grande", por isso vê o horizonte tranquilo para o resto do ano. "Vai fazer um grande campeonato brasileiro. Acredito que chega entre os oito primeiros e pode até pegar uma Libertadores, pela qualidade do elenco e pelo investimento que vem tendo". E vai além: "o torcedor merece isso, porque é fiel. Tá sempre ali, independente da fase".

Ferreti mantém os pés no chão nesse quesito. "Eu acho que o Bahia até pode surpreender, mas ficar entre os dez primeiros é uma meta bem ousada". Ele acredita que a primeira metade da tabela é "menos factível", embora não seja pessimista quanto ao desenrolar da competição. "Não vai sofrer tanto quanto tanta gente prega por aí", tranquiliza.

Jacaré é elogiado por manter ritmo crescente
Jacaré é elogiado por manter ritmo crescente | Foto: Felipe Oliveira / Divulgação /EC Bahia

Assim como Uéslei, Marcelo Ramos também prefere deixar os problemas iniciais no passado. O sexto maior artilheiro do Bahia (128 gols) e também bicampeão baiano (1993 e 1994) vê que o momento é de fortalecimento do grupo aliado à ascensão individual dos jogadores. "O Bahia está no caminho certo e a maioria dos jogadores está crescendo de produção".

Entre os destaques, Marcelo vê "Biel e Jacaré mantendo um ritmo crescente desde o início, além de Cauly mostrando qualidade técnica". Dá uma moral também ao centroavante Everaldo. "Um cara que sabe fazer gol e faz uma movimentação diferente. Vai precisar muito dos atacantes de beirada".

Quanto ao resultado que a equipe pode conquistar, para ele "não adianta acelerar, tem que esperar a bola rolar". E chegar longe depende da confiança numa ferramenta especial: "o apoio do torcedor sempre". A fómula do artilheiro "é manter a média atual de torcedores nesses 19 jogos em casa, porque eles jogam junto com o time". Se seguir a cartilha, "o Bahia tem tudo para fazer uma grande competição".

Marcelo sabe que o caminho é difícil, mas não vê grande diferença do Bahia para os outros times. "Tudo bem que tem o Flamengo, com grandes jogadores, mas não vive bom momento. O São Paulo é outro que não está bem. Tem o Palmeiras e o Grêmio que vem crescendo, só que o Bahia tem condições de brigar de igual para igual", enfatiza.

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