
O último Ba-Vi do ano se aproxima e mais um capítulo do clássico, desta vez de número 504 e pelo Brasileirão, será escrito. Momentos épicos foram vividos pelos clubes nos confrontos estaduais, com grandes jogos e ídolos que atravessam gerações. Como são os casos do centroavante Marcelo Ramos, matador do Bahia nos anos 90 e conhecido como “Carrasco dos Ba-Vis”, e o goleador Nadson, ou Nadgol, brocador do Vitória que fez história com a camisa rubro-negra nos anos 2000.
Duas crias das bases rivais, os atacantes cheios de faro de gol mostram em suas vivências qual o tamanho do clássico em suas carreiras. “Me sinto muito honrado e privilegiado por ter feito muitos gols nesse jogo tão gigante que é o Ba-Vi, por tudo que ele representa e por ter recebido o apelido de ‘carrasco’. Além disso, os três títulos estaduais, em 91, 93 e 94, foram importantes para essa idolatria, além de ter sido importante e decisivo nos títulos. É um jogo que para a cidade e a torcida vive ele intensamente”, lembrou Marcelo Ramos, 8º maior artilheiro da história do Bahia, ao MASSA!.
“Para um jogador formado na base, e que virou ídolo do Vitória... Por isso e por ter marcado muitos gols em clássicos, posso dizer que o Ba-Vi define muita coisa, incluindo seu tamanho na história do clube”, concordou Nadgol, nome marcante na década mais soberana da história do Leão da Barra.
Duelo muda até carreira
Os dois artilheiros lembram bem como era balançar as redes do rival nos clássicos. De acordo com os próprios jogadores, marcar gol em Ba-Vi pode mudar a carreira de qualquer atleta.
“Marcar contra o Bahia é muito bom. O cara que crava num clássico começa a se agigantar. Tem que ter personalidade para decidir e, graças a Deus, isso só não me aconteceu em uma oportunidade”, apontou o rubro-negro Nadson.
“Obviamente que marcar contra o Vitória é especial. Justamente por ser um atacante que aparecia nos momentos importantes. Às vezes em clássico, você pode não estar tão bem, mas pode aparecer uma oportunidade. Agradeço por sempre ter mantido um nível de concentração nos Ba-Vis”, completou o tricolor Marcelo Ramos.
Craques dão palpites
Como bons torcedores que são, além de ídolos, Marcelo Ramos e Nadson também fizeram suas projeções para o clássico de depois de amanhã. “A situação do Vitória é bem complicada. Algumas contratações não deram certo, mesmo com a verba curta. Mas quem é Vitória vai até o fim. Torcida e elenco vão superar tudo isso, e vamos começar a nossa arrancada vencendo o Ba-Vi de quinta. Pode ter certeza disso. O Vitória não vai cair”, opinou Nadgol.
“Clássico é momento, mas tem que entrar ligado. Já perdi clássicos num momento melhor e já ganhei num momento pior. A gente entende que o Bahia vive um melhor momento, mas o Vitória joga em casa. Nosso time é melhor, mas só isso não basta. Espero e torço pelo triunfo”, indicou o ex-jogador do Esquadrão.
*Sob a supervisão do editor Léo Santana