As lembranças vivas na mente de quem acompanhou - pela TV ou presencialmente - algum encontro entre Reginaldo Holyfield e Luciano Todo Duro, com certeza, são de muita pancadaria, provocações e confusões. Anos se passaram e essas recordações seguem presentes na consciência de milhares de pessoas que ainda os enxergam como a dupla brasileira de rivalidade mais quente da década de 90 no boxe. E, apesar de estarem há quase 10 anos sem se enfrentar, uma coisa é fato: a história que construíram juntos jamais se limitará apenas ao passado.
Verdade que hoje o cenário é outro, e a vontade que eles tinham de ‘esbagaçar’ e ‘estraçalhar’ um ao outro ganhou um novo sentido. A rivalidade tomou conta da solidariedade, o ego foi substituído pela empatia e os nocautes transformados em abraço virtual.
Numa corrente de apoio ao baiano Holyfield, que desde o ano passado vem passando por problemas de saúde e financeiro, o MASSA! manteve contato com Todo Duro e, durante entrevista exclusiva, o pernambucano demonstrou comoção com o atual momento de ‘Holy’.
“Eu gosto e admiro muito esse negão. O negão era doido. A gente quebrou muito o pau, e a rivalidade foi maior por causa de uma gaia. História antiga. Mas tudo isso passou. Hoje, eu peço a Deus que recupere a saúde dele e que a Bahia possa enxergá-lo e valorizá-lo da forma que merece”, disse Todo Duro ao MASSA!.
Fazem exatos oito anos que a dupla nordestina mediu forças nos ringues pela última vez. Foi em 2015 que o baiano e o pernambucano nocautearam, definitivamente, a rivalidade, que teve como ponto de partida em 1993. De lá para cá, com as limitações ocasionadas pela idade e outros contratempos, as subidas aos ringues passaram a ser cada vez menores e, devido a isso, precisaram readaptar os golpes para enfrentar os duros combates da vida que os perseguem mesmo fora dos ringues.
Todo Duro desafia Popó
Ao saber da fase delicada que seu maior adversário está enfrentando, Todo Duro não pensou duas vezes em prestar sua solidariedade. Ainda durante entrevista ao MASSA!, o destemido pernambucano, como forma de ajudar Holyfield, desafiou o baiano Acelino Popó para um embate de gigantes.
“Holyfield, eu estou vendo aí se Popó aceita lutar comigo e eu repassar metade da bolsa que eu ganhar para você fazer sua vida. Que você fique bom logo para que breve a gente possa estar aí passeando e comendo acarajé”, brincou o pernambucano.