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Baianão - 14/08/2024, 19:58 - Lincoln Oriaj / Portal A TARDE

Fórmula? Veja qual o segredo para chegar à elite do futebol baiano

Dirigentes de Colo-Colo e Porto fazem balanço da Série B e projetam 2025

Colo-Colo se consagrou tricampeão da Série B do Campeonato Baiano
Colo-Colo se consagrou tricampeão da Série B do Campeonato Baiano |  Foto: Divulgação / FBF

Duas das equipes de maior investimento da Série B do Baianão , em 2024, conquistaram o acesso para a elite do futebol baiano: Colo-Colo e Porto. No entanto, a quantia injetada pelos clubes não necessariamente é a fórmula de sucesso para alcançar o objetivo final. Dirigentes das duas equipes revelaram ao Grupo A TARDE o que deu certo, no final das contas.

O Porto, que sequer completou um ano de fundação, foi apontado pelos adversários como o time com maior orçamento da competição, mas dentro de campo demorou a engrenar e só confirmou a classificação para a semifinal na última rodada da primeira fase. Primeiro clube profissional de Porto Seguro, a equipe já fez história com um acesso ‘relâmpago’.

O presidente do clube, André Santos, passou por um processo dentro do futebol, onde foi torcedor e atleta. Agora como dirigente, ele compreendeu as responsabilidades de uma gestão e ressaltou que o profissionalismo é peça essencial desse quebra-cabeça.

“Eu falo que custou muito suor, trabalho e dedicação. Esse amor da torcida pelo time e pelo futebol. É trabalhar corretamente, que foi o que a gente tentou fazer, dar tudo que a gente entendia que o time precisava para chegar ao devido acesso. Então, colher os frutos de todo esse trabalho é muito gratificante. A gente queria ser campeão, mas talvez a gente ainda não estivesse preparado para esse feito”, contou André ‘Negão’ ao Grupo A TARDE.

André Santos, presidente do Porto Sport Club
André Santos, presidente do Porto Sport Club | Foto: Lincoln Oriaj / Ag. A TARDE

“A gente achou que nós éramos o maior investimento, mas nós não éramos. Eu acho que o maior investimento dessa Série B foi o Fluminense de Feira. É até difícil entender o que aconteceu lá, porque foi tratado o futebol com muito respeito também. Mas não adianta você ter o investimento que você quiser, quem joga são os jogadores. Às vezes o jogador que você menos investe na contratação é o que resolve dentro de campo. Aprendemos muito nesse primeiro ano, queremos consertar alguns erros e continuar com alguns acertos para o próximo ano”, complementou.

Em 2025, o Porto estreia na elite do futebol baiano e o desejo da diretoria é ir longe novamente. No alvo da equipe estão uma vaga na Série D do Brasileirão e a classificação para a milionária Copa do Brasil.

“Agora é trabalhar para, no próximo ano, entrar nessa briga de leões, que é a Série A. Que a gente possa fazer um bom campeonato e, quem sabe, chegar numa Série D e numa Copa do Brasil. Essa é a nossa vontade hoje. A maioria dos jogadores querem ficar, agora é uma conversa com todos e com a diretoria para definir quem vai ficar ou não, o futebol é isso. Eu estou muito contente com esse acesso, era o nosso objetivo”, concluiu André ‘Negão’.

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"Agora eu não quero mais ser campeão da Série B, quero manter na Série A", declarou André Santos, presidente do Porto Sport Club.

Já o Colo-Colo foi uma equipe mais regular. Fez uma primeira fase consistente, foi bem nas fases finais e terminou a Série B invicto e com o troféu de campeão. Apesar de tradicional no futebol baiano, o Tigre não tem uma estrutura como centro de treinamento. O Estádio Mário Pessoa, onde o clube manda seus jogos, pertence à prefeitura de Ilhéus.

Essa foi apenas uma das dificuldades encontradas pelo português Diogo Silva, que também é ex-atleta e agora é diretor executivo do Colo-Colo. Para o dirigente, o choque foi muito grande, mas ele conseguiu implementar métodos de trabalho que trouxe da Europa.

“O processo inicial foi uma aventura muito grande. Eu tinha pouco conhecimento sobre a realidade competitiva da Série B do Baiano, tivemos uma análise muito profunda em termos técnicos, em termos de perfil de jogador. Esse foi um dos segredos: identificar o perfil do jogador para contratação. Com o perfil definido, não conseguimos todos aqueles que queríamos, mas assim Deus quis, porque foi a escolha certa. Muito importante também foi a escolha do treinador, por motivos óbvios, são nove acessos, então essa foi a questão mais fácil”, explicou Diogo, ao Grupo A TARDE.

Diogo Silva, diretor executivo do Colo-Colo
Diogo Silva, diretor executivo do Colo-Colo | Foto: Lincoln Oriaj / Ag. A TARDE

“Obviamente que a minha visão é bem diferente e verão isso daqui para frente. No início não foi tão fácil para as pessoas do Colo-Colo, mas o grande segredo é que mais cedo ou mais tarde eles me entenderam. A partir do momento que a gente começou a falar a mesma língua em termos de valores foi muito mais fácil. Pouco a pouco nós fomos fortalecendo, fomos enxugando o nosso grupo, fomos nos fechando cada vez mais, sempre num objetivo”, continuou.

De volta à elite após oito anos, o Colo-Colo passa por um processo de transformação em Sociedade Anônima do Futebol (SAF) e espera surpreender, como em 2006, quando foi campeão sobre o Vitória. O técnico Paulo Sales ainda não sabe se vai permanecer, mas dois clubes já demonstraram interesse em contar com o ‘Rei do Acesso’ na próxima temporada.

"Quem trabalha honestamente e de forma profissional sempre é recompensado", pontuou Diogo Silva, diretor executivo do Colo-Colo.

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