A administração da Arena Fonte Nova convocou veículos de imprensa, na tarde desta terça-feira (6), para esclarecer dúvidas sobre o processo de manutenção e cuidados com o gramado do estádio, após uma série de críticas vindas de Rogério Ceni, técnico do Bahia.
Juntamente com a Greenleaf Gramados, empresa que administra a manutenção do campo, desde 2012, a Arena possui um planejamento anual personalizado para o tipo de grama utilizada, chamada Bermuda Celebration, 100% natural. Todo esse planejamento leva em consideração o calendário de eventos recebidos, as condições climáticas e estações do ano.
Ao Portal Massa! Milena Andrade, gerente de operações da Casa de Apostas Arena Fonte Nova, explicou que a manutenção do gramado é realizada semanalmente e quinzenalmente. "A Greenleaf desenvolve o calendário mensal, e dentro deste calendário está descrito os cortes realizados de três a quatro vezes por semana, adubações, aplicação de fertilizantes e fungicidas que o gramado receberá. Tudo isso vai ser dimensionado de acordo com o calendário de jogos e também eventos", explicou.
Como forma de planejamento, a curto prazo, para melhorias, a parte do gramado localizada no setor norte do estádio, que recentemente foi trocada, está passando por um sistema de Suplementação de Luz (SGL), para compensar com iluminação artificial a falta de luz solar neste período do ano.
“Durante o ano, de abril até final de setembro, a gente enfrenta o sombreamento no setor norte, onde conseguimos suprir com a iluminação artificial, que são as SGLs. Então, esse é o nosso maior desafio durante o ano e, havendo necessidade, a gente faz trocas programadas do gramado (...) Além das SLGs, é também realizada a semeadura de inverno, que é o ‘Overseeding’, com a semente de ‘Ryegrass’, que é uma semente que tem uma maior resistência ao sombreamento, a baixas temperaturas. Isso é semeado no campo todo, porém ela se desenvolve melhor no setor norte”, acrescentou.
Engenheiro agrônomo e diretor de operações da Greenleaf, Alexandre Vieira revelou ao Massa! que a empresa, junto com a Arena Fonte Nova, pensa em realizar a troca do gramado no setor norte até duas vezes por ano.
“A gente vai passar a ter uma troca. No período do sombreamento, teremos uma espécie de ‘backup’ do gramado, ou seja, um berçário ou viveiro com gramado reserva, que a gente possa trocar quando houver necessidade. Pensamos em duas trocas por ano, e se houver algum evento que haja a necessidade de uma intervenção maior, será realizada a troca”, revelou.
Críticas de Ceni e gramado sintético
Nos últimos meses, as críticas do técnico do Bahia, Rogério Ceni, a respeito do estado do gramado, foram se tornando mais frequentes nas entrevistas coletivas. O diretor da Greenleaf destacou que o objetivo de todos é único: atender as necessidades do futebol.
“A gente tem um relacionamento muito bom com a Arena Fonte Nova e também com o Bahia. Mas todo relacionamento, em algum momento, há atrito, mas são atritos que se resolvem conversando, para poder sanar os problemas que são apresentados”, esclareceu Alexandre.
Outro ponto levantado por Ceni foi a utilização de gramado sintético, muito elogiada pelo comandante tricolor. No entanto, Alexandre descartou que esse tipo de gramado tenha sido discutido pela Arena e o Bahia, juntamente com a Greenleaf.
“A Arena foi concebida para ser um gramado natural, é um gramado de Copa do Mundo, com equipamentos específicos que você não encontra em outros estádios. A Greenleaf não trabalha com gramados sintéticos, trabalhamos como gramados naturais e híbridos, como é o caso do Maracanã”, acrescentou.
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