
O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, foi denunciado nesta quarta-feira (12), pelo Ministério Público do Distrito Federal (MP-DF) por estelionato e fraude esportiva. Ele é acusado de ter participado de um esquema de manipulação de apostas ao combinar previamente a aplicação de um cartão amarelo durante uma partida do Campeonato Brasileiro de 2023.
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Além dele, outras oito pessoas foram denunciadas, entre elas o irmão do atleta, Wander Nunes Pinto Júnior.
De acordo com o MP, Bruno Henrique teria avisado com antecedência que receberia o cartão durante o confronto contra o Santos, válido pela 31ª rodada do Brasileirão. As informações fazem parte de uma investigação da Polícia Federal, que já havia indiciado o jogador em abril pelos mesmos crimes.
Evidências
A denúncia inclui conversas de aplicativo entre Bruno e seu irmão, nas quais o atacante afirma que sabia exatamente quando levaria o cartão. “Não vou reclamar”, escreveu ele, indicando que só seria advertido caso cometesse uma falta mais dura. No jogo, Bruno Henrique recebeu o cartão amarelo e, logo depois, foi expulso por reclamação com o árbitro.
O Ministério Público pede que Bruno Henrique pague R$ 2 milhões por danos morais coletivos, alegando que a suposta fraude prejudica a integridade do futebol e o sentimento de confiança dos torcedores. Agora, caberá à Justiça Federal decidir se aceita a denúncia e transforma o atleta em réu.
Muita gente envolvida
Entre os dez envolvidos no esquema, três são familiares do jogador: além do irmão Wander, também teriam participado a cunhada Ludymilla Araújo Lima e a prima Poliana Ester Nunes Cardoso, todos apontados como responsáveis por apostas relacionadas ao evento manipulado.
Até o momento, nem Bruno Henrique nem o Flamengo se pronunciaram oficialmente sobre a denúncia.