A Fórmula 1 está prestes a passar por uma transformação significativa na temporada de 2026. A Federação Internacional do Automobilismo (FIA) revelou nesta quinta-feira (6), os detalhes do novo regulamento técnico que promete tornar os carros mais ágeis, sustentáveis e modernos. Essas mudanças visam proporcionar mais oportunidades de ultrapassagem e melhorar a competitividade nas pistas.
Uma das mudanças mais impactantes será o fim do DRS (sistema de redução de arrasto) e a introdução do "Modo de Ultrapassagem Manual". Este novo dispositivo permitirá que os pilotos ativem, manualmente, uma potência extra de 350 kW até a velocidade de 337 km/h, facilitando as manobras de ultrapassagem. Para utilizar essa funcionalidade, o piloto deve estar a menos de 1 segundo do carro à frente. Sistemas similares já existem em outras categorias, como o "push to pass" na Fórmula Indy e o "modo de ataque" na Fórmula E.
Os novos regulamentos também permitirão maior autonomia aos pilotos na gestão do carro, que terá asas dianteiras móveis, além das traseiras, embora o sistema de "asa móvel" será descontinuado. As novas asas dianteiras serão compostas por duas abas e serão mais estreitas, enquanto as traseiras terão três elementos e serão simplificadas.
Outro ponto crucial é a redução do efeito solo, com o fundo dos carros tornando-se parcialmente plano e o difusor sendo menos potente. Essa mudança visa diminuir a pressão aerodinâmica gerada pelo assoalho do carro.
Os novos carros poderão alternar entre duas configurações distintas: o "Modo X", para economizar combustível e maximizar a velocidade nas retas, e o "Modo Z", para aumentar a performance nas curvas. Essas configurações serão ajustadas pelo ângulo das asas do veículo.
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O novo conceito, denominado "carro ágil" pela FIA, promete melhorar o desempenho nas corridas, aproximando mais os carros entre si, graças à diminuição da distância e largura entre os eixos e à redução do tamanho do assoalho. Os monopostos serão 30 kg mais leves e a pressão aerodinâmica, ou downforce, e o arrasto serão reduzidos de 30% a 55%. As abas que cobrem as rodas dianteiras também serão removidas.
Essas mudanças visam não apenas melhorar a aderência e velocidade nas curvas, mas também minimizar o arrasto nas retas, proporcionando uma experiência de corrida mais emocionante e competitiva. Com essas inovações, a Fórmula 1 busca equilibrar a performance e a sustentabilidade, criando uma nova era para o automobilismo a partir de 2026.