Fábio Mota assumiu o Vitória em um momento de grande crise na história do clube, mas, desde que virou presidente, já conquistou dois troféus e acumula marcas positivas. Após o inédito título da Série B no ano passado, o Leão da Barra encerrou um jejum de sete anos e se sagrou campeão baiano de 2024.
Em entrevista ao Grupo A TARDE, o cartola rubro-negro comentou sobre a trajetória de reestruturação e o impacto causado internamente pela sua gestão.
"A gente assumiu o clube no pior momento da história, na Série C, com dificuldades financeiras grandes e inúmeras. Graças a Deus e o trabalho de equipe pelo qual eu sou capitão, a gente tem reestruturado o patrimônio do clube os títulos também. Ganhamos o primeiro título nacional para o clube, saímos antes disso da Série C para a B, que foi um dilema, certo? Muito difícil, eu considero que foi a tarefa mais difícil até então. Conseguimos o acesso pra Série A sendo campeão e agora voltamos a a ganhar um título estadual, ou seja, em cinco meses ganhamos dois títulos, o título nacional e o título estadual. Agora é pensar pra frente, pensar em reforçar essa equipe, é o que a gente vem pensando", avaliou Fabio Mota.
Mota reforçou o discurso do planejamento de contratações adotada pela direção de futebol do Vitória. Segundo ele, o orçamento do clube fez com que se chegasse em um perfil de "força e combatividade" para enfrentar o maior rival Bahia, que possui um maior poder de investimento e acabou sendo derrotado para o Leão na grande final do Baianão.
"Campeonato Baiano a gente sabia que não dava tecnicamente pra enfrentar uma equipe de uma folha de R$ 16 milhões, com investimento de mais de R$ 100 milhões, de igual pra igual. Então procuramos fazer um time de força, um time combativo. Para isso, melhoramos nossas estruturas de fisiologia, fisioterapia, fizemos academia toda nova pra trazer jogadores que tivessem esse perfil que se aprimorasse e fizesse enfrentamento. Deu certo e a nossa estratégia deu certo", indicou.
Ainda de acordo com o presidente, o grande objetivo do Vitória para 2024 é retornar para uma competição internacional, o que seria quebrar um novo tabu na sua gestão, visto que o Leão não disputa a Copa Sul-Americana desde 2016. Ele, no entanto, não descarta voos ainda maiores.
"Sabemos que ainda não dá pra você lutar pelo título do Campeonato Brasileiro este ano. Seria utopia muito grande falar isso, mas dá sim pra você ter uma Sul-Americana ou uma Pré-Libertadores. Então, nós estamos montando o elenco evidente que pensando nisso. Nosso objetivo no início do ano era ter um calendário internacional. Quando você tem um calendário internacional a marca do clube está mais valorizado, um clube mais valorizado, então a ideia é que a gente possa sim dentro desse planejamento alcançar nosso objetivo que é uma competição internacional. Com a Sul-Americana ou uma Pré-Libertadores, ou quem sabe até uma Libertadores [vaga na fase de grupos]", finalizou.