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Resenha pura! - 22/03/2025, 07:00 - Lucas Vieira*

Exclusivo: Diabo Loiro solta o verbo sobre Ba-Vi, provocações e futebol 'Nutella'

Ex-atacante Júnior teve passagem marcante, tanto pelo Vitória, quanto pelo Bahia

Júnior, o ‘Diabo Loiro’, em ação pelo Vitória
Júnior, o ‘Diabo Loiro’, em ação pelo Vitória |  Foto: Felipe Olveira / EC Vitória

Já no clima do Ba-Vi deste domingo (23), o Portal MASSA! bateu um papo exclusivo com Júnior, o ‘Diabo Loiro’, atacante que deixou a própria marca no futebol baiano após vestir as camisas de Bahia e Vitória.

Aos 47 anos, ele relembrou os clássicos quentes, falou da sua identificação maior com um dos clubes e soltou o palpite sobre a final do Baianão. Além disso, o ‘homi’ da potente canhota também opinou sobre a torcida única, as provocações e o que mudou no futebol atual. Pega essa resenha:

> Você teve passagens marcantes pelos dois gigantes baianos, mas em qual dos dois clubes se sente mais conectado?

Júnior: No Vitória, tive o melhor momento da minha carreira, fiz 30 gols em uma temporada. No Bahia, também fui campeão, mas o vínculo é diferente. No Barradão, até hoje sou recebido como em casa, os funcionários ainda me reconhecem. No Bahia, muita coisa mudou, nem o CT é o mesmo. Meu laço ficou mais forte com o Vitória.

Júnior tem mais identificação com o Vitória
Júnior tem mais identificação com o Vitória | Foto: Felipe Olveira / EC

> Ciente da atmosfera de Ba-Vi clássico, quem você acha que leva o título da temporada 2025?:

Júnior: Acho que o Vitória ganha de 2x0 e leva pros pênaltis. Aí, nos pênaltis, vai dar Leão.

> Você jogou no tempo em que o Ba-Vi era dividido entre vermelho e azul nas arquibancadas. Para os baianos, o clássico tem aquele ‘molho’ diferenciado dentro do futebol brasileiro. Para você, deve existir torcida mista ou única?

Júnior: Uma final de campeonato tinha que ser 50/50! Dividido no meio, cada lado com sua torcida, dividindo a renda. Isso faz parte da emoção do clássico. Futebol é isso, resenha, provocação, aposta, rivalidade sadia.

Júnior levantou taça de campeão estadual pelo Tricolor
Júnior levantou taça de campeão estadual pelo Tricolor | Foto: Felipe Olveira / EC

> Qual torcida sacode mais as arquibancadas?

Júnior: Independente da fase, a torcida do Vitória bota fogo no estádio. O Bahia pode ter uma fase melhor, mas o Barradão pulsa, parece que o estádio joga junto.

> Na sua época, o Ba-Vi era sinônimo de resenha e muita provocação, você acha que continua ou o futebol ficou muito ‘nutella’?

Júnior: Hoje qualquer coisinha dá briga, o cara não pode nem zoar. Futebol é igual religião, tem que ter rivalidade! Apostar doações, um churrasco, uma cerveja, tirar onda nas redes sociais. Agora tudo é polêmica, tudo é briga. Tem que deixar provocar, faz parte do jogo.

> O Vitória está a menos de um mês de disputar a Sul-Americana. O que mudou do tempo que você atuava para a atual visibilidade da competição atualmente?

Júnior: Antes, a gente pegava time brasileiro logo na primeira fase, parecia uma Copa do Brasil. Hoje em dia, todo mundo quer ser campeão da Sula. Virou um campeonato forte, que dá visibilidade e grana. Quem quer ganhar tem que ter elenco, porque o calendário brasileiro é puxado.

> A prosperidade do futebol nordestino tem sido sinônimo de realização, sobretudo para o Vitória e o Bahia, que se classificaram para as disputas dos torneios sul-americanos na temporada passada. A quebra das discussões restritas aos times do eixo Sul-Sudeste é uma realidade?

Júnior: Antigamente, só se falava no eixo Sul-Sudeste. Hoje tem Bahia, Vitória, Ceará, Fortaleza e Sport, times do Nordeste jogando forte, pegando time grande de igual pra igual. Isso só valoriza o nosso futebol.

*Sob a supervisão do editor Pedro Moraes

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