Bagagem é o que não falta para Alan Mineiro, ex-Corinthians e ídolo do Vila Nova-GO. E agora o jogador de 36 anos desembarcou no interior do estado da Bahia com uma missão: recomeçar. Experiente e versátil dentro das quatro linhas, o meio-campista acumula passagens por vários clubes na carreira, tanto dentro do Brasil quanto no exterior.
Após jogar pelo Aymorés, de Minas Gerais, onde marcou três gols em 14 jogos, o atleta deseja reencontrar com a fase em ascensão vivida até 2021, quando deixou o Tigre rumo ao Brasiliense. Anos antes, ele chegou a disputar 12 partidas pelo Timão, em 2016, além de dois pelo Albirex Niigata, do Japão, em 2012.
Em entrevista exclusiva ao Portal MASSA!, Alan Mineiro revelou a finalidade em atuar pela Onça Pintada, confessou seu papel dentro do elenco e projetou a disputa da elite do Campeonato Baiano. Alan Mineiro, inclusive, pode estrear nesta quarta-feira (17) diante da Juazeirense, às 17h, dentro de casa.
Confira o bate-papo completo:
Com menos de cinco anos de fundação, o Barcelona de Ilhéus já soma um título do Campeonato Baiano e a permanência na elite do Estadual. Para este ano, um dos feitos do clube foi a sua contratação, um jogador renomado com passagem em grandes clubes do Brasil, além do exterior. Qual é o seu objetivo enquanto atleta profissional no clube?
Alan Mineiro: Primeiro é alcançar o do clube, e eu quero sim voltar para o cenário nacional. Esse é o objetivo do Alan, e eu tenho certeza que junto com os meus companheiros, com os meus companheiros me ajudando, eu vou me dedicar ao máximo para que eu possa atingir esse objetivo.
A Onça Pintada mudou o elenco por completo para 2024, com a mescla de jogadores experientes, como você, e jovens atletas que chegaram ao futebol recentemente. Como você analisa essa fusão de valores?
Alan Mineiro: É muito importante essa mescla, ainda mais num campeonato, onde em pouco tempo terá tantos jogos, e a gente vai precisar de todo mundo. Dentro de um elenco, quando é formado, a gente não pode ser só o cara mais jovem, o cara mais velho. Não, tem que ser todos, independente da idade, independente do currículo, vestir a camisa do Barcelona tem que dar o seu melhor.
Corinthians, Bragantino, América Mineiro, Fortaleza e outros. Clubes gigantes do futebol nacional certamente te deram bagagem e, por vezes, referência no setor do meio de campo. Diante da escassez de encontrar jogadores característico como camisa 10, você se identifica ainda como essa peça de criação, capaz de fazer a diferença em jogos distintos?
Alan Mineiro: Acredito que sim, é uma função que eu venho fazendo há muito tempo, joguei muito tempo de ponta também, ponta esquerda. Tanto que quando eu fui para o Corinthians, eu fui jogador de beirada. Não era um jogador de tanta velocidade, mas era um meio de criação ali pela beirada. Hoje eu jogo um pouco mais centralizado, onde eu venho jogando já há muito tempo, é onde eu gosto de jogar. Tenho 112 gols na minha carreira, e eu conheço bem aquele pedacinho ali, gosto de finalizar, gosto de estar ali sofrendo falta para poder cobrar também, que é uma das minhas características. Então eu me identifico sim, assumo essa responsabilidade, eu sei que eu vim para que eu fico contratado. Claro que não só eu, junto com toda a minha equipe. Espero que eu possa ajudar bastante.
Leia mais
Caçula e de SAF, Barcelona de Ilhéus mira ser segunda força da Bahia
Barcelona de Ilhéus chega repaginado para a elite do Baianão
O que te fez atraiu a ponto de fazer você aceitar a proposta do Barcelona de Ilhéus?
Alan Mineiro: O projeto que foi passado para mim através do Armando [executivo de futebol], que depois, quando eu cheguei aqui, eu vi esse projeto, eu vi o clube, o potencial que o clube tem, isso que me atraiu a estar aqui. Espero poder dar o meu melhor, ajudar os meus companheiros, não só dentro de campo, mas fora também, para que a gente possa fazer que esse projeto cresça ainda mais e que os objetivos do clube sejam alcançados.
Em 2016, você disputou 12 jogos e marcou dois gols pelo Corinthians. Como você analisa essa passagem na sua carreira? Foi seu principal ponto de evolução desde que se estabeleceu como jogador profissional?
Alan Mineiro: O Corinthians foi o ápice da minha carreira, acho que todo jogador sonha chegar num patamar que é Corinthians. Eu trabalhei muito, cara, trabalhei muito e graças a Deus eu consegui, joguei em outros grandes clubes também, tenho uma passagem marcante no Vila Nova, saí de lá como um ídolo em 150 jogos, fiz 45 gols, então eu tenho uma marca, fiquei cinco anos no Vila Nova. Gosto muito do clube também, foi o clube que eu conquistei muitas coisas também individual, prêmios individuais, então é um clube que tá marcado, mas o Corinthians é o Corinthians, né? Acho que todo jogador sonha, todo jogador tem a vontade de um dia vestir essa camisa e agradeço a Deus por ter me dado essa oportunidade.
De modo individual, qual é o principal objetivo de Alan Mineiro para esse ano de 2024? Pensa em retornar à elite do Campeonato Brasileiro após a disputa de competições como o estadual nesse início de ano?
Alan Mineiro: Primeiro é alcançar o objetivo do clube. E eu quero sim voltar para o cenário nacional, né, conversei com o treinador Betinho quando eu cheguei aqui, eu tenho o objetivo de voltar a jogar no mínimo uma Série B de novo, onde eu joguei muitos anos, sei quanto é bom jogar uma Série B, uma Série A, até uma Série C hoje que tem uma visibilidade muito grande. Conversei com o Betinho que eu estava disposto a me entregar, a me superar também, para que eu possa voltar para esse cenário Série B, Série A ou Série C.
leia também