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Sem quatchá quatchá - 16/04/2023, 16:28 - Vinicius Rebouças

Ex-craques avaliam potencial do Vitória na Série B

Expectativa de acesso é unanimidade apesar da contundência das críticas

Emerson, Nadson, Uéslei e Marcelo: mix dos dias de luta e dias de glória pelo Leão
Emerson, Nadson, Uéslei e Marcelo: mix dos dias de luta e dias de glória pelo Leão |  Foto: Montagem Jornal Massa! / Reprodução Redes Sociais

O início da temporada 2023 do Vitória foi penosa. Eliminações precoces na Copa do Brasil, Nordestão e até no campeonato baiano, cujo título não é conquistado desde 2017. Embora a moral esteja baixa, o Leão chega para disputar a Série B com fôlego renovado. Foram mais de 20 reforços contratados pela diretoria para dar ao técnico Léo Condé material suficiente para buscar o acesso à elite do futebol brasileiro.

Pegar o elevador da terceira para primeira divisão, pagando a segunda, é um feito histórico em terras brasileiras. O rubro-negro baiano já assinou essa proeza. Disputou a C em 2006, B em 2007 e A em 2008. Para ter dimensão do termômetro da confiança para repetição dos seguidos acessos, o Jornal Massa! conversou com ex-craques com passagem pelo clube. E a nata do futebol baiano nutre expectativa de sucesso, embora seja firme nas críticas.

Com autoridade de quem entende de campanha de acesso e conquista de título pelo Colossal, Emerson Ferretti não fez rodeios. "Eu acho que o Vitória pode sofrer um pouquinho. Houve muitas mexidas no time e quando isso acontece, normalmente, demora para pegar entrosamento e encaixar o sistema do técnico", afirmou.

O ex-arqueiro vestiu o manto nas temporadas 2006 e 2007. Foi fundamental no retorno do Leão à Série B e conquistou o baiano no ano seguinte. Para ele, "não existe fórmula pronta no futebol e nada é certo". Apesar da torcida pelo acesso, ele acredita que o início será tortuoso "até o time ganhar uma cara e começar a jogar bem".

Não há como fugir de uma realidade dura para o Vitória nesta competição. Foi complicado até para conseguiu uma posição no segundo escalão do futebas brazuca. Subiu aos trancos e barrancos. A confirmação veio com uma arrancada no fim da Série C do ano passado. Ainda assim, para Nadson "a expectativa é grande para o acesso à Série A", embora o prata da casa não não esconda a insatisfação como torcedor.

"Vi o início da campanha no campeonato baiano: triste e lamentável. Copa do Nordeste nem se fala", desabafou. Criado no terrão de Canabrava, Nadgol se tornou o maior goleador na história das categorias de base do estado. Sabe bem como se formam os elencos por lá. "O Vitória trouxe muitos jogadores. Só para Série B, uns 7 ou 8 (foram 12). O que se espera é que esse time se encaixe o mais rápido possível".

Para ele, o sucesso da campanha depende muito do entrosamento do time "e não é isso que temos visto até agora". O artilheiro fez questão de pontuar os contornos do último jogo-treino da preparação, contra o Bahia de Feira. Na ocasião o selecionado de Condé "saiu perdendo de 2 a 0 em casa e isso é preocupante". Apesar do alerta, Nadson espera estar "errado e ver o Vitória pegando ritmo e crescendo na competição até se colocar como um dos favoritos ao acesso".

A preocupação de Nadson é real. É bem possível que o time não tenha encaixe na competição. A esperança está depositada no potencial maestro do time: Giovanni Augusto. Espera-se que ele assuma o protagonismo e "dê liga" ao time. O que não fez nas passagens por Coritiba e Corinthians. "Às vezes não acontece. Eu não fui tão bem no Vitória e isso acontece com alguns jogadores", lamentou Marcelo Ramos.

Renato Augusto é apontado como peça fundamental para que o Colossal "dê liga"
Renato Augusto é apontado como peça fundamental para que o Colossal "dê liga" | Foto: Marcos Valença / Ag. A TARDE

Artilheiro incontestável durante a carreira, Marcelo "pulou o muro" do Fazendão para a Toca em 2005. Atendeu ao pedido de Seu Gildo, o pai rubro-negro. Não deu certo e partiu para o Atlético Nacional, da Colômbia. De lá para cá, nunca deixou de acompanhar o Leão. Confia no acesso porque na visão dele "o Vitória trouxe várias peças que podem ser mescladas até encaixar, sob o comando de um técnico experiente".

Para ele, "quem jogou as séries A e B sabe que a diferença está na superação. O nível realmente é diferente, mas o Vitória tem total condições de tirar proveito do estádio e da torcida". O ex-craque é dos que acreditam que nessa competição "nada importa além de estar entre os quatro primeiros", embora admita que "não é fácil" e que "o título é importante", prega que "o planejamento é estar no grupo de acesso".

Quem parece não ter qualquer dúvida quanto a isso é o ex-atacante Uéslei. "Tô com expectativa grande de que o Vitória comece o campeonato bem e venha ganhar vários jogos em sequência", disparou logo. Bem no jeitão tranquilo de ser, evitou falar nos problemas enfrentados na Toca. "Tem que focar no agora", explicou.

O Pitbull passou pelo Vitória em 1997. Só uma temporada. Tempo suficiente para ser campeão baiano, da Copa do Nordeste, Taça Excel e ainda morder um torneio amistoso internacional: o Troféu Cidade de Valladolid. Mesmo sendo um dos ídolos do rival, conquistou o respeito da torcida e não esconde que segue "torcendo muito para que o Vitória conquiste o acesso a Série A". Resumiu o pensamento da geral.

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