
No embalo do Dia das Crianças, comemorado neste domingo (12), o Portal MASSA! foi atrás da pivetada que já nasce com o coração tricolor ou rubro-negro. Seja na Arena Fonte Nova, no Barradão ou na sala de casa, o amor pelo Bahia e pelo Vitória ultrapassa gerações, e, às vezes, vira até motivo de "gastação" entre pais e filhos.
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Entre risadas, provocações e histórias apaixonadas, conheça três famílias que mostram como a rivalidade da Dupla Ba-Vi também tem um lado leve, divertido e cheio de afeto.
Amor tricolor de pai pra filha
O baiano Gustavo Andrade, de 24 anos, é daqueles que levam a paixão pelo Bahia como uma herança de família. E faz questão de passar o legado para a pequena Catarina Gomes, de apenas 4 anos.
"Ela tem mais camisa do Bahia do que eu", brinca o pai, que leva a filha aos jogos desde os três aninhos. Catarina adora o clima da Fonte Nova e, segundo Gustavo, se encanta com a energia da torcida. "Ela gosta da animação, das músicas, o clima, a boa bagunça. E hoje tá tudo mais seguro, mais família, então dá pra curtir com tranquilidade".
A paixão já tá no sangue.
Gustavo Andrade
Além de torcer, Catarina também demonstra talento com a bola nos pés. "Ela assiste os lances comigo, joga e já fala que quer ser jogadora".

Coração dividido
Na casa de Ana Cláudia Correia, o amor pelo Bahia é tradição. Mas o pequeno Nicolas, de 9 anos, decidiu seguir o lado rubro-negro da força. E a "culpa" é toda do tio Luan, namorado da tia Ingrid.
Sobre a "pulada de muro" do menino, Ana admite que não curtiu muito a ideia, mas brinca que aprendeu a lidar. "Sou fanática pelo Bahia, é de geração. Mas ele ama o Vitória, até chora quando o time perde", contou.
Nicolas confirma o sentimento com orgulho: "Achei o Vitória mais legal. Gosto de ir pro Barradão e o jogador que mais gosto é Renato Kayzer". Entre provocações e risadas, mãe e filho garantem que, apesar das diferenças, o futebol é o que mais os aproxima. "A gente se zoa, mas é tudo de boa, só as vezes fico meio chateado", diz Nicolas.

Um rubro-negro em meio ao "tricoloril"
Já o Rodrigo Arantes é o resistente rubro-negro em uma casa dominada pelo azul, vermelho e branco. Padrasto de Danilo (10 anos), Antônio (7) e Neto (3), todos Bahia como a mãe Jeu Pimenta, ele leva a rivalidade numa boa.
"É uma pequena guerra que eu sofro todos os dias. Vitória não tá em boa fase, mas nunca deixei de ser. A turma aqui é toda Bahia. Quando o Vitória perde, eles fazem fila pra me zoar", brinca.
Mesmo cercado por tricolores, Rodrigo conta que não abre mão da paixão pelo Leão da Barra, que veio de herança do avô, torcedor fanático.
A mãe e cantora, Jeu, confessa que até tenta manter a paz: "Aqui é amor e zoação na medida. Eles brigam, mas no fim todo mundo assiste junto. A gente assiste todo mundo junto, um provoca o outro, mas é tudo tranquilo", disse.

Entre provocações, risadas e muita paixão, as famílias provam que, na Bahia, o futebol é coisa séria, mas também é afeto, convivência e memória. Agora todos eles se preparam para viver grandes emoções no próximo Ba-Vi, que rola nesta quinta (16), lá no Barradão, pela 28ª rodada do Brasileirão.