O evento para debater a implementação do modelo de Sociedade Anônima do Futebol (SAF) no Vitória, na noite da última segunda-feira (4), buscou detalhar o passo a passo até a conclusão do processo e tirar dúvidas. Os palestrantes do workshop foram os advogados André Sica, Octávio Vidigal e Danielle Maiolini, do escritório CSMV.
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Fábio Mota, presidente rubro-negro, abriu a reunião expondo a visão que ele, como gestor, tem em relação à SAF no futebol brasileiro. "Eu sempre disse que não havia motivo para um time na Série C virar SAF. Isso só beneficia quem comprasse a agremiação, que ia comprar barato, chegaria na Série A como chegou e ganharia quem fez o investimento na Série C. Sempre fui contra SAF na Série C e na Série B. Eu sou a favor de debater a SAF. Hoje o Vitória é uma instituição respeitada e temos que ter cuidado porque deu muito trabalho para chegar até aqui", pontuou.
Em seguida, André Sica deu sequência ao debate. O advogado, inicialmente, conscientizou que o processo deve durar em torno de seis a nove meses, com previsão de abril de 2025. Posteriormente, visualizou o próximo passo: plano e modelo de negócio.
"Depois do workshop, chegamos no plano e modelo de negócio. Daí, começa a percorrer algumas exigências estatutárias. Primeiro, a emissão do parecer do Conselho Fiscal aprovando o plano e modelo de negócio. Segundo, a constituição da Comissão Especial e elaboração da versão do plano final do modelo de negócios. Depois, a aprovação o plano no Conselho Deliberativo e a aprovação do plano na Assembleia Geral", projetou André.
Por fim, o especialista esboçou o pós-SAF, elucidando a auditoria realizada pelo futuro possível investidor e comentou em relação à porcentagem que pode ser estabelecida na sociedade.
"Você pode ter um conselho de administração com membros da associação e do investidor. Mas sendo bastante honesto, é pouco provável que você recebendo uma oferta de investidor, acostumado com fazer futebol, que ele não queria fazer a gestão do futebol. Você pode reduzir e mudar a liberdade que ele faça a gestão, mas se ele for majoritário, a tendência é ele querer controlar a gestão. Se ele for minoritário, o Vitória pode manter o controle, mas vai ter uma atratividade menor para ter investidores deste porte", explicou.
O evento foi exclusivo para os membros dos Conselhos Deliberativo, Gestor e Fiscal do Leão, mas você pode conferir na íntegra pela TV Vitória, no Youtube.