
Em 2025, seguir uma religião de matriz africana ainda é um ato de resistência. No futebol, o esporte mais amado pelos brasileiros, essa realidade também se impõe. Rodrigo Nestor carrega essa vivência consigo no dia a dia.
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Nestor faz parte de uma porcentagem pequena de jogadores brasileiros que são adeptos ao candomblé ou umbanda.
Em 2024, 52,80% dos atletas de declararam católicos, 30,91% evangélicos, 4,65% espíritas, enquanto 2,75% eram da umbanda e 2,33% do candomblé, de acordo com o Observatório de Igualdade Racial.
"Quando eu tenho que conversar, procuro me concentrar e pensar nela [Iansã]. É uma orixá de muita força, e eu sou muito feliz de ser filho dela. Ao poucos a gente está se conhecendo mais ainda. Acho que ela me conhece mais do que eu a conheço. Uma pessoa sem fé não consegue ir atrás dos objetivos dela, não consegue transmitir o amor, a paixão e a caridade. Para mim, essa fé vem por meio da umbanda", contou o filho de Iansã.
O meia do Tricolor confessou que ao chegar na Bahia a relação com a religião aumentou. Além disso, ainda falou da força de ter o Dique do Tororó em frente a Fonte Nova com a presença dos orixás.
"Eu não acredito em coincidência. Ela está olhando ali para a Fonte. Quem sabe não está guardando um momento muito especial não só para mim, mas para todo torcedor do Bahia e meus companheiros também?", concluiu.
Na final da Copa do Brasil em 2023, defendendo a camisa do São Paulo, ao fazer o gol que deu o título para o Tricolor Paulista, Nestor comemorou beijando a caneleira com a imagem da entidade.